Radiohead

Os Radiohead são uma banda britânica, principalmente associada ao Rock Alternativo, e são, indubitavelmente, um dos grupos com mais sucesso e popularidade no panorama musical atual, muito devido ao seu percurso musical nas décadas de noventa e de dois mil. Com uma formação inalterada desde a sua génese, os Radiohead são formados por Thom Yorke (vocais, guitarra, piano), pelos irmãos Jonny (guitarra principal, sintetizador, e outros instrumentos)  e Colin Greenwood (baixo, sintetizador), Ed O’Brien (guitarra, vocais de apoio) e Philip Selway (bateria, percussão, vocais de apoio).

São apoiados for uma enorme legião de fãs tremendamente devota ao grupo, reforçada por um enorme respeito e aprovação por parte da massa crítica da imprensa musical mundial. Venderam mais de 30 milhões de álbuns em todo o mundo, e a prestigiada revista Rolling Stone elencou-os no septuagésimo terceiro lugar no top dos maiores artistas de todos os tempos.

Radiohead

Percurso musical

Formada originalmente em Abingdon, Oxfordshire no decurso do ano de 1985 sob o então nome de “On A Friday”, os membros do grupo alterariam o nome em 1991 para Radiohead, tomando como inspiração uma música com o mesmo nome, de autoria do grupo norte-americano Talking Heads.

Em 1992, e após terem assinado contrato com a EMI Records no ano transacto, seria apresentado o primeiro lançamento oficial da banda; um EP que seguiu com o nome de “Drill”.

No ano seguinte, 1993, o primeiro álbum oficial da banda era apresentado, intitulado de “Pablo Honey”, concebido e apresentado no seio da era Grunge pelo que, e como resultado, seriam inevitavelmente agrupados e associados a bandas como os Nirvana. Com este álbum, o primeiro grande êxito da banda e um dos maiores marcos na sua carreira discográfica surgiria: «Creep», levando os Radiohead a serem conhecidos pelo grande público, e a receberem forte tempo de antena em canais de música, como o caso da MTV, e em populares estações de rádio.

No decurso do ano de 1995, os Radiohead apresentariam a sua segunda obra de originais, “The Bends”. Ao contrário de “Pablo Honey”, “The Bends” expunha a banda a uma trajetória mais ambiciosa, apresentando melodias mais experimentais, menos convencionais, e estruturas mais complexas. Associados à música, também a realização de videoclips para músicas como «Just» e «Street Spirit», acabariam por desempenhar um importante papel no incremento de atenção recebido pela banda.

No entanto, seria mediante o lançamento do seu seguinte álbum que os Radiohead seriam coroados como uma das bandas mais respeitadas e admiradas em todo o mundo, ao mesmo tempo que conseguiam atingir o topo da sua popularidade. Em 1997 era lançado o álbum de culto “OK Computer”. Propulsionado por uma complexa produção musical e temas provocativos, a grande maioria dos críticos render-se-ia e aclamaria o álbum como uma verdadeira obra-prima do rock moderno. Músicas como «Karma Police» receberam um forte tempo de antena na rádio.

Os Radiohead acabariam por dar sequência ao que é, até à data, o seu álbum de maior sucesso, com outro trabalho igualmente idolatrado pelo mundo musical. Em 2000, “Kid A” era apresentado à comunidade musical. Através desta obra, os Radiohead apresentavam um trabalho fundamentalmente diferente dos projetos que marcaram o início da sua carreira. Com uma caraterística particularmente mais experimental e eletrónica, denotando influências de Jazz e do Krautrock alemão, “Kid A” seria, no entanto, recebido com reações bem mais divididas que o seu antecessor, quer pelos fãs, quer pelos críticos. No entanto, e em retrospeção, é, atualmente, considerado como uma obra de arte pela generalidade do público. Seria, inclusive, nomeado como o álbum da década pela revista Rolling Stone, pelo popular site de música alternativa Pitchfork, e pela revista The Times.

Não demoraria muito até que o próximo álbum dos Radiohead fosse apresentado. “Amnesiac” chegaria às lojas no decorrer do ano de 2001. Uma espécie de acompanhamento a “Kid A”, o conteúdo de “Amnesiac” era composto fundamentalmente por um conjunto de músicas que foram criadas no decurso das sessões de gravação e ensaio de “Kid A”.

Em 2003 seria apresentado o seu sexto álbum de originais com o nome de “Hail To The Thief”, e o álbum que marcaria o término da relação da banda com a produtora EMI Records. Este álbum demonstrava a intenção da banda em revisitar as suas raízes rock, tornando a guitarra o centro da composição musical, enquanto mantendo todos os elementos recentemente adquiridos na sua incursão pela música eletrónica.

“In Rainbows”, o sétimo álbum dos Radiohead apresentado em 2007, e na sequência da quebra de relações com a sua antiga produtora, seria alvo de atenção dos media e de toda indústria e mundo musical, ao ser lançado na internet, pela própria banda, em formato digital, sem qualquer fixação de preço, deixando à discricionariedade do comprador o estabelecimento do preço de aquisição. Mais tarde, a versão em CD seria lançada, juntamente com um segundo CD contendo material bónus de músicas igualmente compostas e gravadas aquando das sessões de gravação de “In Rainbows”. Não obstante, “In Rainbows” mostrou-se um sucesso de vendas.

Em 2011, “The King Of Limbs” daria sequência à estratégia de divulgação levada a cabo em 2007. Lançado, então, de uma maneira similar, o oitavo álbum dos Radiohead mostrava-se como um álbum intrinsecamente envolto em ritmos formados em constante looping, fortemente caraterizado por uma complexidade a nível de texturas ambientais.

Finalmente, e passados cinco anos desde o seu último projeto, os Radiohead lançavam “A Moon Shaped Pool”. Um álbum fortemente influenciado pelos recentes projetos orquestrais de Jonny Greenwood.

O longo interregno entre ambos os lançamentos seria justificado pela carga de projetos em que os vários membros se encontravam envolvidos. Jonny Greenwood já desde 2003 que se encontrava paralelamente a trabalhar na composição de bandas sonoras para filmes, colaborando com o conhecido realizador Paul Thomas Anderson, enquanto que Thom Yorke se havia envolvido num outro projecto musical, o conhecido supergrupo “Atoms For Peace”. Enquanto isso, também o baterista Philip Selway lançou os seus próprios álbums a solo em 2010 e 2014, respetivamente.

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