Chamber Pop

Definição de Chamber Pop

Chamber Pop, também conhecido como “ork-pop”, derivativo do termo “pop orquestral” (“orchestral pop”), é um género musical que teve grande protagonismo e ascendência entre artistas indie nos inícios a meados dos anos noventa.

Origem

A sua génese deve-se, em larga medida, como via de resposta e reação aos movimentos de Lo-Fi Indie e Rock Alternativo que se haviam entretanto instalado no cenário musical independente daquela década, e que se caracterizavam, marcadamente, pelo uso de distorção nas guitarras. O chamber pop viria a sugerir uma abordagem musical mais simples e leve, denotando uma sequência de arranjos mais lineares e inocentes.

As principais influências musicais que estão na base do surgimento do chamber pop advêm principalmente das exuberantes contribuições musicais ocorridas no decorrer dos anos 60 por intermédio de artistas como Burt Bacharach, Brian Wilson dos The Beach Boys (em particular pelo trabalho desenvolvido no álbum “Pet Sounds”) e de produtores como Lee Hazlewood e Phil Spector, todos eles pioneiros de um outro género musical conhecido como “pop barroco” (“baroque pop”).

Efectivamente, toda a criação e experiência do chamber pop origina de uma forte adoração e influência advinda do álbum “Pet Sounds” dos The Beach Boys lançado em 1966. A maior parte dos artistas fundadores do movimento chamber pop partilhava uma grande admiração por este álbum, sendo o surgimento do mesmo um quase reflexo de uma espécie de culto musical à volta do álbum.

Características e distinções

Ao contrário do Rock e do género Eletrónico que marcaram fortemente a década dos anos noventa, todo o estilo e composição musical que demarca o chamber pop é profundamente caracterizado por arranjos orquestrais, ricos em texturas e em substância ambiental, com uma ênfase renovada na construção de melodia e produção. Denota-se uma forte presença de instrumentos clássicos de cordas, de metal e de sopro, aliados a fortes harmonias vocais e uso de piano, com o objetivo de criar melodias ricas e vivas.

O chamber pop é, por vezes, confundido, ou até mesmo sobreposto a nível de estilo, ao pop barroco. Alguns críticos musicais chegam mesmo a associar o chamber pop como uma espécie de herdeiro do pop barroco. De facto, o chamber pop toma por emprestado algumas qualidades e características deste último, mormente a empregabilidade de um ritmo constante, múltiplas melodias que se interligam, e a utilização de cravo de forma proeminente. No entanto, é comumente aceite e entendido pela comunidade musical que os dois distinguem-se na forma como os arranjos orquestrais se encontram estruturados, tendo princípios fundamentalmente diferentes a nível de foco orquestral.

De igual maneira, o chamber pop também não se deve confundir com outro género musical denominado Art Pop, dado a conhecer ao grande público por intermédio de artistas como Björk, AURORA, ou Goldfrapp. Este género musical tem as suas raízes nos estilos de Lounge Pop dos anos 60, e apresenta uma veia mais experimental, denotando-se, de igual forma, uma menor presença de arranjos orquestrais.

Principais artistas

Artistas que vulgarmente são associados a este estilo musical e que mais nome deram ao movimento são, entre outros, os The High Llamas, Louis Philippe, Plush e os Belle and Sebastian.

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