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Figura influente do meio artístico português, Ana Zanatti nasceu em Lisboa a 26 de junho de 1949. Para os mais próximos Ana Maria Zanatti Olival tem-se destacado nas mais diversas áreas desde o teatro, a literatura e a televisão. Da sua vasta carreira, com mais de 40 anos, coleciona diversos prémios, entre os quais o Globo de Ouro de “Melhor atriz de cinema” (1998).
A sua formação académica iniciou-se no Colégio do Sagrado Coração de Maria, tendo mais tarde frequentado o Liceu Pedro Nunes. Na Faculdade de Letras em Lisboa optou pelo curso superior de Filologia Românica (ciência especializada no estudo da linguagem em fontes históricas escritas), formação que acabaria por abandonar. A escolha foi o Curso de Teatro do Conservatório Nacional.
Em 1968 estreia-se como atriz no Teatro da Trindade pela Companhia Nacional de Teatro. O cinema seria o passo seguinte, ainda no mesmo ano, surge no filme de Henrique Campos: “Estrada da Vida”. Um ano marcante, onde se somou o convite da RTP para ser apresentadora dos mais diversos programas, desde documentários a concursos. Papel que exerceu durante 26 anos.
Outros desafios se seguiram. Desde a tradução e produção, em 1975, da emblemática peça de Elizabeth Huppert, juntamente com Zita Duarte. Mais tarde, 1982, outro ponto alto, para muitos a sua participação mais importante no cinema – o filme “O Lugar do Morto” de António Pedro Vasconcelos. Fechando com chave de ouro esse ano ao participar na primeira telenovela produzida em Portugal – “Vila Faia”.
Mais marcos importantes se somaram à sua carreira: desde ser uma das 25 mulheres escolhidas para representar Portugal, em Bruxelas, em prol da Condição Feminina da Comunidade Económica Europeia (1984); co-autora da telenovela “Passerelle” (1988) e do programa da RTP2 “Sete Palmos de testa”, que inclusive apresentou. Outros trabalhos: “Riscos”; “Nós os Ricos”; “Saber Amar”; “Os Compadres”; “Médico de Família”, “Verão Quente”; “Ballet Rose” etc.
Recentemente participou nos projetos televisivos: na SIC a telenovela “Coração d’ Ouro” (2015) e na RTP em a “Terapia” uma série de 2016.
Destaque ainda para a participação nas dobragens do jogo “Uncharted 3” da Naughty Dog, como voz de Katerine Marlowe.
No ano de 2003 lança o seu primeiro romance “Os Sinais do Medo”. Seguem-se o “Agradece o Beijo”, a trilogia infantil “O Povo Luz e os Homens Sombra”, “Teodorico e as Mães Cegonhas”, “E onde é que está o Amor?” e mais recentemente “O Sexo Inútil”.
O seu legado artístico estende-se ainda à música. Com vários temas da sua autoria interpretados por artistas como Mafalda Sacchetti, Paulo de Carvalho, FF, Ana Roque, Carlos Zel, Dina, Lena d’ Água, entre outros. O intemporal “Telepatia” de Lara Li é um dos exemplos.
Desde que assumiu publicamente a homossexualidade, Ana Zanatti tem sido um dos rostos mais ativos na defesa dos direitos dos homossexuais em Portugal. Sem esquecer a causa Feminina, assim como a defesa na Conservação da Natureza, do Ambiente, dos Animais e do Ser-Humano. Consequência disso são os Prémios Rede Ex Aequo (2009 e 2012) e o Prémio Arco-Íris (2011).