Haptophyta

Conceito de Haptophyta

Haptofítas, Haptophyta ou Prymnesiophyta, é um grupo de algas unicelulares fundamentalmente marinhas e que se caracterizam pela presença de dois flagelos, um haptonema (apêndice contráctil e muito parecido a um flagelo). Existem a volta de 500 espécies das quais possuem as células ou sem parede celular ou cobertas de placas calcarias (Hernández-Berrecil 2014). São organismos principalmente fotossintéticos, mas apresentam membros mixotróficos ou heterotróficos. São unicelulares mas por vezes agrupam-se em colónias ou filamentos.

As células possuem tipicamente dois flagelos desiguais e um único haptonema, que se diferencia dos flagelos no conjunto de microtúbulos que apresenta e no seu uso. O seu nome provem do grego Hapsis – que significa tacto, e de nema – fio. O haptonema encontra-se situado entre os dois flagelos e pode encolher-se ou esticar-se e a sua função é a de fixação ao substrato, o movimento ou apoiar a capacidade fagotrófica de algumas haptofítas. Este organelo é constituído por sete microtúbulos simples e rodeados pela membrana do reticulo endoplasmático (Nicholls 2015). Possuem pigmentos como as clorofilas a e c, fucoxantina, e β-caroteno.

Estudos moleculares e morfológicos dividem a Haptophyta em cinco ordens:

  • Filo Haptophyta
    •  Classe Pavlovophyceae
      • Ordem Pavlovales
    • Classe Prymnesiophyceae
      • Ordem Prymnesiales
      • Ordem Phaeocystales
      • Ordem Isochrysidales
      • Ordem Coccolithales

Dos mais conhecidos saem os cocolitóforos, que apresentam um exosqueleto de placas de calcário denominado de cocolito e que constituem o fitoplâncton marinho mais abundante. Além do mais são extremamente abundantes como microfósseis. Um exemplo de um cocolitoforídio é a espécie Emiliania huxleyi que produz blooms de enormes dimensões, que muitas vezes são visíveis desde os satélites. Algumas haptofitas produzem periodicamente blooms tóxicos que gera uma espuma desagradável que muitas vezes se acumula nas praias como as do género Phaeocystis. Algumas espécies como as Prymnesium parvum produzem toxinas que são fatais para os peixes.

Outras como Pavlova lutheri e Isochrysis sp. são economicamente importantes uma vez que se utilizam extensivamente na aquacultura (Nicholls 2015).

EmilianaPhaeocystisPrymnesiumPavlova

Imagens e créditos por ordem: Emiliania huxleyi, http://www.ehu.eus/SGIker/Phaeocystis sp., http://www.seos-project.eu/; Prymnesium sp., www.cfb.unh.edu; Pavlova lutheri, www.ifremer.fr

 

Referências:

Hernández-Becerril, D.U. 2014. Biodiversity of marine planktonic algae (Cyanobacteria, Prasinophyceae, Euglenophyta, Chrysophyceae, Dictyochophyceae, Eustigmatophyceae, Parmophyceae, Raphidophyceae, Bacillariophyta, Cryptophyta, Haptophyta, Dinoflagellata) in Mexico. Revista Mexicana de Biodiversidad 85:544-555

Nicholls, K.H. 2015. Chapter 13 – Haptophyte Algae in: Freshwater Algae of North America (second edition) – A volume in Aquatic Ecology, ed: Wehr, JD, Sheath, RG, Kociolek, RP, Academic Press Inc., 587-605

 

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