Valhalla é um dos locais mais famosos da mitologia nórdica. É o Salão dos Mortos, situado em Asgard. É descrito nas Eddas como um salão de enormes proporções, majestoso, com quinhentas e quatro portas. Esse local é destinado apenas aos homens que morrem em combate de forma valorosa.
De forma específica, os moradores de Valhalla são metade dos homens mortos em combate de modo valoroso. Eles são levados pelas Valquírias até Asgard, escolhidos por Odin. A outra metade é enviada aos campos da deusa Freya, Folkvang. Tanto em Valhalla quanto em Folkvang só seriam admitidos os mais corajosos homens.
Em Valhalla, os guerreiros mortos se juntam às centenas de outros combatentes. Eles são chamados de Einherjar, os guerreiros de Odin. Junto a lendários heróis da mitologia nórdica, eles se preparam para o derradeiro momento do Ragnarok, em que combaterão ao lado do deus pela sobrevivência do mundo.
Nesse salão, eles são treinados e se baqueteiam em grandes festas até o dia em que serão convocados. O teto é coberto com escudos de ouro e à sua frente há Glasir, a árvore dourada. Dentro e em torno de Valhalla vivem variadas criaturas mitológicas, como o bode Heidrun e o veado Eikbyrnir.
Como surgiu o Valhalla
Na primeira parte da Edda poética explica como Odin criou Valhalla. De acordo com o texto, ele viajou a Nilfheim à procura de uma vidente que lhe explicasse o passado, o presente e o futuro. Essa vidente lhe conta tudo que já aconteceu até aquele momento. Ao final, a profetiza deixa claro que haverá uma última batalha entre deuses e gigantes, o fim de tudo: Ragnarok.
Odin, preocupado com essa batalha, decide construir o Salão dos Mortos, Valhalla. Para esse dito palácio, o Pai dos deuses convocaria apenas os mais valorosos e destemidos guerreiros que houvessem morrido em combate em Midgard. As Valquírias trariam suas almas à Valhalla, onde banqueteariam e treinariam todos os dias até que o Ragnarok chegasse. Esse ciclo duraria centenas de anos até que a batalha finalmente ocorresse.
Valhalla e a cultura popular
Valhalla influenciou a cultura pop da modernidade, além de ter influenciado construções arquitetônicas. Há, por exemplo, o Templo de Walhalla, erguido por Leo von Klenze entre 1830 a 1847, destinado a Ludwig I, da Baviera. Há ainda o museu Tresco Abbey Gardens Valhalla, erguido por August Smith em 1830. Há uma cratera na lua Calisto, do planeta Júpiter, nomeada com o mesmo nome do salão de Odin.
Esse magnifico salão encontra-se também referenciado na literatura e em outras formas de arte. Richard Wagner o representou em sua ópera Der Ring des Nibelungen. Ela aparece também na música, como na canção Immigrant Song, do Led Zeppelin, de 1970. A banda alemã Blind Guardian possui uma música com o nome do salão, de 1989. Por fim, os rockeiros do Black Sabbath referenciam o Salão dos Mortos em uma canção de mesmo nome, de 1990.
References:
https://www.britannica.com/topic/Valhalla-Norse-mythology