Disputado anualmente desde 1960, o título mundial de clubes teve 58 edições realizadas até 2018, em três formatos diferentes de competição. O maior vencedor é o Real Madrid, com sete conquistas, seguido do Milan, com quatro. Sete clubes – quatro sul-americanos e três europeus – vêm em seguida, todos tricampeões mundiais: Peñarol, Boca Juniors, Nacional, São Paulo, Inter de Milão, Bayern de Munique e Barcelona. Até 2017, 28 clubes de 11 países alcançaram a glória máxima de ser campeão do mundo de futebol.
Real, Milan e Bayern dividem o privilégio de terem conquistado o título mundial de clubes nos três modelos já realizados. Entre 1960 e 1979, a taça foi disputada em dois jogos, de ida e volta, pelos campeões da América do Sul e da Europa, e o título se chamava Copa Intercontinental. Em dois anos não houve disputa, 1975 e 1978, oficialmente por problemas no calendário dos finalistas. Em 1973, não houve jogo de volta entre Juventus e Independiente na Argentina, e o time local foi declarado o campeão após vencer o primeiro jogo, na Itália. A década de 70 foi conturbada, e em cinco oportunidades, incluindo 1973, o campeão europeu abriu mão da disputa, dando lugar ao vice.
A partir de 1980, entrou em vigor o segundo modelo de disputa. A decisão passou a ser feita em jogo único, sempre em Tóquio, e a Copa Intercontinental ganhou novo nome, Copa Toyota, devido à montadora de automóveis que patrocinava a competição. Esse formato durou até 2004.
Em 2000, a Fifa decidiu assumir a organização do Mundial de Clubes, tornando a competição mais global, com a inclusão de todos os campeões continentais, além do campeão nacional do país sede. Naquele ano, o torneio foi disputado no Brasil, no mês de janeiro, com um formato diferente do atual – havia dois grupos de quatro times, e os vencedores de cada chave se classificavam para a final. Como a ideia da Fifa ainda era embrionária, a decisão em Tóquio entre sul-americanos e europeus continuou sendo realizada, e por isso o ano de 2000 tem dois campeões mundiais – o Corinthians, no torneio da Fifa, e o Boca Juniors, vencedor da decisão em Tóquio, em dezembro.
Alegando problemas financeiros, a Fifa deixou de realizar o Mundial de Clubes nos quatro anos seguintes, voltando apenas em 2005, já substituindo formalmente a Copa Toyota, cuja última edição foi disputada em 2004, tendo o Porto como campeão. A distribuição dos títulos na Copa Intercontinental/Copa Toyota apontava um equilíbrio até então: 22 vitórias sul-americanas contra 21 dos europeus.
A partir de 2005, o Mundial da Fifa não teve mais interrupções, e ganhou nova forma de disputa, com jogos eliminatórios e os campeões sul-americano e europeu entrando apenas na semifinal. Outra novidade foi a alternância de sedes: já foi realizado no Brasil, Japão, Emirados Árabes Unidos e Marrocos. O mais difícil neste século tem sido a alternância de forças. Das 15 edições realizadas, contando com a do Brasil, os clubes europeus venceram 11, incluindo as seis últimas. A América do Sul não apenas tem ganho poucos títulos, como viu seu poder de disputa se resumir aos clubes brasileiros, os únicos a conquistar a taça no formato atual, com Corinthians (2000 e 2012), São Paulo (2005) e Internacional (2006). A queda dos sul-americanos abriu espaço para finalistas de outros continentes, como os africanos TP Mazembe (2010) e Raja Casablanca (2013) e os asiáticos Kashima Antlers (2016) e Al-Ain (2018). Nenhum deles, porém, foi capaz de superar o rival europeu na decisão.
A hegemonia europeia no Mundial da Fifa trouxe mudanças na correlação de forças continentais. Agora, contando todos os formatos realizados, a Europa soma 32 títulos mundiais de clubes, contra 26 da América do Sul.
Lista dos clubes campeões mundiais de futebol:
Clube | Títulos | Copa Intercontinental | Copa Toyota | Mundial de Clubes da Fifa | |
1 | Real Madrid (ESP) | 7 | 1 (1960) | 2 (1998, 2002) | 4 (2014, 2016, 2017, 2018) |
2 | Milan (ITA) | 4 | 1 (1969) | 2 (1989, 1990) | 1 (2007) |
3 | Peñarol (URU) | 3 | 2 (1961, 1966) | 1 (1982) | – |
Nacional (URU) | 3 | 1 (1971) | 2 (1980, 1988) | – | |
Boca Juniors (ARG) | 3 | 1 (1977) | 2 (2000, 2003) | – | |
São Paulo (BRA) | 3 | – | 2 (1992, 1993) | 1 (2005) | |
Inter de Milão (ITA) | 3 | 2 (1964, 1965) | – | 1 (2010) | |
Bayern de Munique (ALE) | 3 | 1 (1976) | 1 (2001) | 1 (2013) | |
Barcelona (ESP) | 3 | – | – | 3 (2009, 2011, 2015) | |
10 | Santos (BRA) | 2 | 2 (1962, 1963) | – | – |
Independiente (ARG) | 2 | 1 (1973) | 1 (1984) | – | |
Ajax (HOL) | 2 | 1 (1972) | 1 (1995) | – | |
Juventus (ITA) | 2 | – | 2 (1985, 1996) | – | |
Porto (POR) | 2 | – | 2 (1987, 2004) | – | |
Manchester United (ING) | 2 | – | 1 (1999) | 1 (2008) | |
Corinthians (BRA) | 2 | – | – | 2 (2000, 2012) | |
17 | Racing (ARG) | 1 | 1 (1967) | – | – |
Estudiantes (ARG) | 1 | 1 (1968) | – | – | |
Feyenoord (HOL) | 1 | 1 (1970) | – | – | |
Atlético de Madrid (ESP) | 1 | 1 (1974) | – | – | |
Olimpia (PAR) | 1 | 1 (1979) | – | – | |
Flamengo (BRA) | 1 | – | 1 (1981) | – | |
Grêmio (BRA) | 1 | – | 1 (1983) | – | |
River Plate (ARG) | 1 | – | 1 (1986) | – | |
Estrela Vermelha (IUG) | 1 | – | 1 (1991) | – | |
Vélez Sarsfield (ARG) | 1 | – | 1 (1994) | – | |
Borussia Dortmund (ALE) | 1 | – | 1 (1997) | – | |
Internacional (BRA) | 1 | – | – | 1 (2006) |