Biografia de Rui Águas
Rui Águas é um ex-jogador de Benfica e Porto, chegando a representar a selecção Nacional. Actualmente é treinador de futebol.
Nascido a 28 de Abril de 1960 na cidade de Lisboa, Rui tem como pai, José Águas, antiga glória encarnada e da selecção nacional. Um fardo pesado caso seguisse a carreira de futebolista. E Rui quis seguir as pisadas do Pai sem ter a dimensão que o Pai tivera. Mas a qualidade presente nos genes fez com que se destacasse dos demais e, claro, que a projecção do nome Águas, também dava alguma ajuda. Herdou a capacidade goleadora do Pai, sendo um avançado com elevada eficácia no jogo de cabeça. Ainda assim, Rui Águas foi um jogador à frente do seu tempo. O que lhe faltava em técnica, sobrava em atitude, garra e espírito colectivo, entregando-se ao jogo para que a sua dinâmica beneficiasse a sua equipa. A sua forma de jogar contrariou o estereótipo do avançado que jogava mais orientado para o ataque sem tantas preocupações ofensivas ou de jogar em benefício da equipa. Independentemente disso, cruzamento que fosse para a área adversária, Rui Águas encontrava-se no sítio certo à hora certa. O seu bom posicionamento, a capacidade de fugir à marcação e a forte impulsão que atingia, tornava-o inalcançável até para os guarda-redes adversários. Este seu estilo talvez o tenha prejudicado no número de golos que podia ter alcançado mas fez dele um grande avançado beneficiando os clubes por onde passou e dos anos em que jogou pela selecção nacional.
Tendo o pai jogado no Benfica, Rui Águas começou nas camadas jovens do clube encarnado entre os seus 12 e 14 anos de idade, tendo posteriormente, passado pelo Cultural da Pontinha e pelo Sporting. Passou por um período grave, com uma lesão que o atirou fora dos relvados durante muito tempo. Não foi isso que o fez apagar o sonho de ser futebolista profissional como José Águas fora. Na época de 80/81, encontra um lugar na equipa do Sesimbra, onde joga duas épocas consecutivas, saindo depois para jogar no Atlético, em 82/83. Depois de dois anos na III Divisão e um ano na II Divisão, Rui Águas chega à I Divisão pela mão do Portimonense no ano de 1983 onde está dois anos e ajuda o clube algarvio a atingir a sua melhor classificação de sempre, terminando no quinto lugar em 84/85. As suas exibições convenceram os dirigentes do Benfica que o contrataram mas a equipa técnica não estava totalmente convencida e Rui Águas batalhou até chegar a titularidade, algo que só chegou a meio da primeira época. Marcou 10 golos no Campeonato e foi um dos marcadores de serviço na final da Taça que o Benfica conquistou ao Belenenses. Na época seguinte, melhorou todos os seus registos e ajudou o Benfica a alcançar a dobradinha. Campeonato e Taça de Portugal na mesma temporada. Em 1987/1988, coloca o Benfica na Final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, com dois golos ao Steaua de Bucareste. Em solo nacional e internacional, Rui Águas marcava e deixava a sua marca e tinha muitas equipas internacionais que o queriam para as suas fileiras. Rui Águas optou por uma transferência bombástica. Transferia-se para o rival Futebol Clube do Porto, motivado por razões económicas. No clube nortenho, mantém-se por duas temporadas, onde chega a campeão nacional depois de ter marcado 30 golos em 64 jogos para o campeonato. Regressou ao Benfica, em 90/91, onde teve a melhor época no clube encarnado, sendo campeão nacional e melhor marcador do campeonato nacional. Teve mais três épocas na Luz, chegando a ser, mais uma vez, campeão nacional mas sem a preponderância de outros tempos, seja em golos seja na sua entrega ao jogo. Culpa da fractura de um pé e do estigma da transferência para o rival que vivenciou na altura. Terminado o contrato, jogou no Estrela da Amadora metade da época 94/95, sendo que a outra metade foi jogar no Reggiana, clube italiano, onde terminou a carreira. A sua carreira na selecção seguiu os contornos da própria selecção na altura. Com potencial mas sem cumprir com os seus desígnios. Chegou a participar no Campeonato Mundial do México, em 1986, mas sem grande fulgor devido ao Caso Saltillo. Ainda assim, nos anos seguintes, foi umas das principais figuras da selecção nacional mas sem resultados que lhe permitisse levar a selecção a campeonatos europeus ou mundiais. Depois de terminada a carreira de futebolista, segue a carreira de treinador. Primeiro, como treinador-adjunto de Artur Jorge na selecção nacional e mais tarde como principal, no Estoril-Praia e no Vitória de Setúbal. Já foi, inclusive, seleccionador de Cabo Verde. Actualmente, está num clube egípcio da II Divisão, o Pharco FC.