Apresentação da localidade de Pelmá
FICHA DA LOCALIDADELocalidade: Pelmá População: 75 habitantes (Censos 2011) . . . . |
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Pelmá é uma aldeia portuguesa e sede da freguesia com o mesmo nome, pertencente ao concelho de Alvaiázere, distrito de Leiria. A aldeia está localizada a sudoeste do concelho de Alvaiázere, entre a serra e as margens do rio Nabão. De acordo com os Censos de 2011 do INE, a população residente na Pelmá era nesse ano de 75 pessoas.
Quanto à freguesia, e de acordo com os Censos de 2011, a população nela residente era de 736 habitantes, distribuídos por uma área de 30,4 km2. Fazem parte da freguesia da Pelmá as seguintes localidades: Aldeia do Bofinho, Aldeia da Serra, Ameixieira, Avanteira, Banhosa, Barreiros, Barroca do Toco, Besteiro, Bofinho, Botelha, Casais do Vento, Casal das Hortas, Casal do Rei, Casalinhos, Cheira, Hortas, Lumiar, Marques, Matos, Melrinho, Mortolgos, Pelmá, Rocha, Sobralchão, Venda do Preto.
Os principais equipamentos públicos da localidade são a escola do ensino básico, a Igreja Paroquial, o Centro de Saúde e a Junta de Freguesia.
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História da Pelmá
O povoamento da Pelmá e da sua freguesia é já muito antigo, existindo evidências da ocupação destas terras desde épocas pré-históricas. De facto, o chamado Planalto da Pelmá, na vertente Oeste da Serra de Alvaiázere, com as suas várias grutas e cavidades, terá sido habitat de populações há milhares de anos.
Outra evidência da ocupação milenar destas terras é a descoberta na localidade, no ano de 1715, de um importante espólio de peças de ourivesaria e de moedas romanas de ouro, prata e cobre, cunhadas com a efígie dos imperadores Vitélio (69), Vespasiano (69-79), Tito (79-81), Nerva (96-98) e Trajano (98-117). No caso das peças de ourivesaria, estas foram vendidas a um ourives de Coimbra que acabaram derretidas para fabrico de jóias ou comercializadas e perdidas para sempre. Quanto às moedas romanas, estas foram recolhidas pela Academia Portuguesa de História, mas, devido ao terremoto de Lisboa em 1755, acabaram também por desaparecer. Apesar deste infortúnio com os ricos achados, fica a prova da importância que estas terras tinham já em tempos tão longínquos. A sua localização próximo da via romana que ligava Lisboa e Santarém a Conímbriga e a Braga e a fertilidade dos solos do vale do Nabão foram certamente as principais razões para o estabelecimento de pessoas nestas paragens.
Nos tempos mais modernos, e sendo freguesia de invocação de São João Batista, a Pelmá foi priorado de São João Batista da Boa Vista, da apresentação dos condes de Atouguia no termo da Vila de Alvaiázere, passando depois para o Padroado Real. Aquando da extinção do concelho de Alvaiázere em 7 de setembro de 1895, a freguesia foi anexada ao concelho de Vila Nova de Ourém (actual Ourém). Restaurado o concelho de Alvaiázere a 13 de Janeiro de 1898, a Pelmá volta a fazer parte dele.
O auge da freguesia foi atingido em meados do século XX, altura em que a população residente na freguesia se aproximava das 2.400 pessoas. Contudo, a partir daí, os movimentos migratórios levaram a uma quebra acentuada e continuada da população, a qual, de acordo com os Censos de 2011, não vai atualmente além das 736 pessoas. Ainda assim, a localidade mantém vivas muitas das suas tradições, com destaque para as diversas festas e romarias efetuadas um pouco por toda a freguesia.
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Património Cultural, Natural e Edificado
No caso do património edificado, o principal destaque vai para a Igreja Paroquial, dedicada a São João Batista, seu padroeiro, com o seu lindo retábulo no Altar-mor da autoria do pintor Hungoro Attyla e para o belo cruzeiro existente no adro. No mesmo local existia antes uma igreja centenária, mas que em meados do século XX se encontrada em estado avançado de degradação. Por isso, e o impulso e direção do Pe. José Nunes Bouça, pároco da freguesia, a antiga igreja foi totalmente demolida, dando lugar ao novo e moderno templo que atualmente se encontra no mesmo local. Na mesma altura foi também construída a grande escadaria de acesso à igreja a partir da parte baixa da aldeia. Foram efetuados também grandes arranjos no seu adro, a partir da qual se tem uma vista panorâmica de extraordinária beleza sobre o Vale do Nabão e as terras a poente, já no concelho de Ourém. Todas estas obras, que custaram cerca de 1.000 contos (aproximadamente 5.000 Euros) foram efetuadas com a ajuda da população da Pelmá, prova do espírito de união das gentes da terra. A inauguração das ditas obras foi efetuada a 21 de Outubro de 1951.
Além da Igreja Matriz, existem diversas outras capelas espalhadas um pouco por toda a freguesia, nomeadamente a Capela de Santa Marta na Banhosa, a Capela de São Miguel no Besteiro, a Capela de Santo António no Bofinho e a Capela de Santo Amaro na Avanteira.
Ainda relativamente ao património edificado da localidade e da freguesia, uma referência para o Moinho de Vento da Avanteira, totalmente remodelado em 1999.
Quanto ao património natural os principais destaques repartem-se entre o vale do Nabão e o Planalto da Pelmá localizado na vertende Oeste da Serra de Alvaiázere. No caso do vale do Nabão salienta-se a beleza das suas margens arborizadas e as terras ribeirinhas extremamente férteis para a agricultura, as quais, apesar de estarem em grande parte abandonadas, mantém ainda a beleza de outrora. Relativamente ao planalto serrano, todo ele de extraordinária beleza, com vegetação típica dos solos calcários, os locais de interesse são inúmeros, entre os quais a Lapa da Casqueira e a Gruta do Pastor, esta última com vestígios arqueológicos, e ainda a Nascente do Olho do Tordo, uma nascente que brota de um poço profundo e se transforma num ribeiro que alimenta diversos moinhos de água.
Por fim uma referência para o património cultural da Pelmá, onde o destaque principal vai para as diversas festas e romarias que comprovam o dinamismo sociocultural das suas gentes, apesar da acentuada quebra populacional nas últimas décadas. Atualmente realizam-se na freguesia da Pelmá as seguintes festas e romarias: Feira quinzenal, na Pelmá, no 1º e 3º Domingo de cada mês; Festa em Honra do Sagrado Coração de Maria no 2º Domingo de Agosto; Festa de Nossa Senhora Mãe da Igreja no último Domingo de Julho; Festa de Santo Amaro no 1º Domingo de Agosto; e Festa do Grupo de Amigos de Casais do Vento no 3º Domingo de Agosto. Uma referência ainda para as diversas associações e coletividades, nomeadamente o Grupo Orientador de festas e Obras da Avanteira; a Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Banhosa; o Grupo de Amigos de Casais do Vento; a Associação de Caçadores da Freguesia de Pelmá; e a Associação Casa do Povo – Delegação de Pelmá.
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Origens do Nome
A peculiaridade do nome Pelmá tem originado muitas especulações sobre a sua origem. Uma das versões mais defendidas é a de que em tempos terá vivido na localidade um homem muito mau e de um caráter profundamente irascível, a quem a população local terá apelidado de ‘Pelle-Má’. Com o tempo o dito apelido foi sofrendo alguma evolução fonética, degenerando em Pelmá, palavra que passou a ser utilizada para designar a terra.
Outra versão por alguns defendida, mas sem qualquer base científica ou histórica, refere que a palavra Pelmá deriva de ‘Pela’, palavra grega que significa ‘planta do pé’.
Uma terceira versão refere a existência na localidade de uma clínica cuja especialidade era o tratamento de doenças de pele, ou seja, para o tratamento de ‘pele má’.
O certo é que não existem quaisquer certezas, pelo que a verdadeira origem do nome da localidade será sempre alvo de especulações e teorias mais ou menos rebuscadas.
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Atividades Económicas
Atualmente a Pelmá mantém ainda a sua tradição histórica ligada à agricultura, pecuária e pastorícia, sobretudo em regime de subsistência. Ainda assim são de referir alguns pequenos negócios ligados ao pequeno comércio e à prestação de serviços. No caso do setor secundário, o principal destaque vai para a construção civil, sendo de referir também a existência na localidade de um dos principais lagares de azeite da região e que serve numerosos pequenos agricultores das aldeias da freguesia e de freguesias vizinhas.
Digno de registo é o facto de que, apesar da sua pequena dimensão, da Pelmá terem saído inúmeros profissionais de sucesso, entre os quais médicos, engenheiros, economistas, juristas, professores, padres e músicos, e que triunfam na capital e noutros locais do país, em posições sócio-económicas e profissionais de relevo.
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Heráldica
Brasão: Escudo de prata, o Sagrado Coração de Maria de vermelho, trepassado por um gládio de prata, encimado por uma flor de lis de vermelho e acompanhado de duas colunas jónicas de verde; em contra-chefe uma faixeta ondeada de azul e prata de três tiras. Coroa mural de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “PELMÁ”.
Bandeira: Esquartelada de vermelho e branco. Cordão e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro.
Selo: Nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Pelmá – Alvaiázere”.
Este texto é apenas um resumo. Se conhece bem a localidade, envie-nos um texto sobre a mesma, onde poderá efectuar uma descrição, apresentação da sua história, a toponímia, lendas que lhe estejam associadas, população, e outras informações que julgue pertinentes (exemplo). Poderá enviar também fotografias originais da localidade. No mail que nos enviar, deverá identificar a localidade a que se refere, as eventuais fontes, e identificar-se a si próprio (nome ou pseudónimo). Poderá escrever também sobre localidades que não se encontrem referenciadas na listagem. Contribua e não deixe que a sua localidade fique de fora. Mail para envio: knoow.net@gmail.com |
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