Introdução
A ecologia é o estudo da interacção entre os organismos e o seu ambiente. De um modo geral, a disciplina conhecida como ecologia humana estuda as adaptações realizadas pelos humanos face ao meio limítrofe. Portanto, são de suma importância os conhecimentos produzidos pela epidemiologia das doenças contagiosas, os padrões de nutrição, as funções reprodutoras, a demografia, o impacto da exploração humana nos recursos naturais, e todas as implicações que estes factores conjuntamente produzem, nomeadamente em questões práticas de política.
Diferentes doenças afectam diferentes populações humanas e não-humanas, faixas etárias e sexos, com durações variadas na severidade, e consequências para a saúde e sobrevivência. Na epidemiologia investigam-se estes padrões. Já as investigações antropológicas desta categoria têm adereçado o significado histórico dos padrões virulentos nas populações humanas. Alguns estudiosos analisaram a interacção destes padrões com as estruturas habitacionais e estatutos nutricionais. A verificação da nutrição nos grupos humanos é uma problemática prática deveras fundamental, uma vez que a validade da aplicação de um conjunto universal de medidas físicas a todas as populações, que podem, por exemplo, derivar de um modelo fortemente ocidental, pode se revelar ineficaz.
Os factores que influenciam a função reprodutora humana incluem o nível de exercício físico, as atitudes dietéticas, a idade, o stress emocional, entre outros factores que agem sobre os mecanismos endocrinológicos. Este conjunto de factores demonstra que a fertilidade humana é susceptível à regulação através de inúmeros meios biológicos e sociais, e que adicionalmente é possível compreender as variações observadas nos níveis de fertilidade nos mesmos termos. Por conseguinte, estas investigações contribuem para a compreensão da demografia, o estudo da estrutura e dinâmicas populacionais.
As interacções humanas com o ambiente têm sido constantemente investigadas com o recurso de métodos de análise dos fluxos energéticos. Este método tornou-se proeminente nos inícios da década de 70, após o aumento brusco dos preços dos combustíveis fósseis ter provocado a consciencialização pública dos limites dos recursos energéticos.
Os estudos de zoólogos, antropólogos, geógrafos entre outros, tentam quantificar a magnitude da entrada e saída energética dos sistemas de aquisição de alimentos. A quantificação dos fluxos energéticos permite a análise de padrões monetários e não-monetários dos padrões de subsistência, e, como tal, a comparação de diferentes sistemas à luz da eficiência energética. A classificação das sociedades por intermédio destes critérios autoriza uma ampla análise das relações entre o bem-estar humano e a civilização.
References:
Boyden, S. (1987) Western Civilization in Biological Perspective, Oxford: Clarendon Press.