Transporte Passivo

É chamado transporte passivo quando existem condições naturais para que ocorra a passagem de substâncias pela membrana plasmática. Nesse transporte não há gasto de energia.

O transporte passivo pode ser dividido em três tipos: osmose, difusão simples e difusão facilitada.

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Figura de Lucinda Morais

A membrana seleciona o que passa por ela, capacidade chamada de permeabilidade seletiva.

A velocidade de transporte é diretamente proporcional à temperatura e à diferença de concentração, mas é  inversamente proporcional ao tamanho da molécula.

Osmose

A osmose é um processo de difusão especial da água, determinada pela diferença de concentrações de soluto entre dois meios separados por uma membrana semipermeável, no caso da célula, a membrana plasmática.

A difusão da água ocorre do meio de menor concentração para o meio de maior concentração de solutos, até que as concentrações se igualem. A partir daí, a pressão osmótica dos dois meios se igualam e a quantidade de água que atravessa a membrana para os dois lados é a mesma. Nesse ponto a célula atinge o equilíbrio osmótico.

Quando a célula é colocada em solução de tonicidade diferente, ela perde ou ganha água.

O vídeo seguinte mostra bem dois fenômenos de osmose, a plasmólise e a deplasmólise. Plasmólise ocorre quando a célula fica exposta a uma solução hipertônica, perde muita água e diminui o volume celular. Deplasmólise é o fenômeno inverso, a célula plasmolisada é submetida a uma solução hipotônica, absorve água e volta ao estado original.

A planta aquática Elodea no vídeo acima é vista ao microscópio óptico com aumento de 400x. Perceba a diminuição do volume celular ao se adicionar solução concentrada (plasmólise) e a expansão do citoplasma com a adição de água (deplasmólise).

Difusão simples

As moléculas atravessam a membrana a favor do gradiente de concentração, ou seja, as moléculas migram do meio de menor concentração para o meio de maior concentração, até que o equilíbrio seja atingido.

Esse transporte ocorre através da bicamada lipídica ou através das proteínas de canal.

Os gases, a água, lipídios, etanol, glicerol, ureia, etc. atravessam a bicamada lipídica (representado em 3 na figura). Os gases da respiração, nomeadamente gás carbónico (CO2) e oxigénio (O2) precisam atravessar rapidamente a membrana e o fazem diretamente pela bicamada lipídica.

Os iõns, como Na+, K+, Ca2+, Cl e outros, atravessam a membrana pelas proteínas de canal (representado em 2 na figura).

Difusão facilitada

As permeases (representada em 1 na figura) facilitam a passagem de substâncias que não conseguem passar diretamente pela bicamada lipídica ou por pelas proteínas de canal, como alguns aminoácidos, galactose, glicose etc.

O transporte da glicose é um exemplo importante de difusão facilitada. Ele é feito, como os demais transportes passivos, do meio menos concentrado para o meio mais concentrado, sem gasto de energia.

A presença de insulina acelera a entrada de glicose na célula. A insulina provoca o aumento no número de permeases na membrana, o que leva à maior absorção de glicose.

Quando a glicose entra na célula, sofre um processo de fosforilação, de forma que sempre a concentração intracelular de glicose é baixa. Assim a difusão da glicose é contínua.

Aquaporina

As aquaporinas são canais de passagem seletiva de água. Essas proteínas são encontradas em membranas de hemácias, vesícula biliar, e em especial no túbulo proximal do néfron onde tem ação importante na reabsorção de água do filtrado glomerular.

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References:

  1. http://www2.yvcc.edu/Biology/109Modules/Modules/MembraneTransport/membranetransport.htm (animações ilustrativas)
  2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK9928/ (muito bom)
  3. http://materiais.dbio.uevora.pt/jaraujo/biocel/transportes.htm
  4. https://www2.estrellamountain.edu/faculty/farabee/biobk/BioBooktransp.html
  5. http://mdmat.mat.ufrgs.br/acqua/Textos/membrana_plasmatica2.htm
  6. DE ROBERTIS, Eduardo M. F; HIB, José.Base da Biologia Celular e Molecular.Tradução Antônio Francisco Dieb Paulo. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2006 (4ª edição).
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