O suíço Alex Zulle foi um dos melhores ciclistas dos anos 90, com vitórias de etapa no Tour, Giro e Vuelta, sendo que venceu esta última à geral nos anos de 1996 e 1997.
O caminho de Alex Zulle no ciclismo iniciou-se no ano de 1991 quando a ONCE, equipa espanhola liderada por Manolo Saiz, o decidiu dar uma oportunidade de ser atleta profissional. E desde esse ano que teve diversas vitórias. Comecemos pela sua passagem nas grandes voltas. Alex Zulle é dos poucos ciclistas a nível mundial a ter vitórias de etapas nas três grandes voltas, Giro, Tour e Vuelta numa altura em que a competitividade se começava a elevar e o ciclismo era cada vez mais aberto às transmissões televisivas e a novas paragens. A Volta a Espanha foi das três onde o suíço se evidenciou mais, tendo ganho duas edições da prova em 1996 e 1997, onde venceu uma etapa em cada uma dessas edições. Mas antes já se tinha mostrado. Em 1993, foi a primeira vez que ficou num pódio, ao terminar em segundo atrás do compatriota Toni Rominger que venceu a prova. Nessa edição, Zulle venceu três etapas da prova espanhola. Em 1994 e 1995, volta a estar em evidência, ao terminar em quarto lugar a ronda espanhola na edição de 94 e na seguinte, volta a vencer uma etapa na Vuelta. Depois das vitórias na classificação geral em 96 e 97, o suíço venceu mais três etapas nas três edições seguintes. Na Volta a França, Zulle não teve tantas hipóteses de vencer. Ainda assim, conta com duas idas ao pódio, ficando atrás de dois nomes grandes do ciclismo. Em 1995, acabou atrás de Miguel Indurain e no ano de 1999, apenas Lance Armstrong foi melhor do que o suíço, sendo que recentemente, esta vitória foi retirada ao norte-americano. Estreou-se na prova francesa em 1992, logo com uma segunda posição do Prólogo desse ano, repetindo posição no Prólogo da edição seguinte. Em 1994, Zulle termina pela primeira vez nos dez primeiros da classificação geral, chegando ao pódio no ano seguinte depois de ter vencido uma etapa de alta montanha. Em 1996, Alex Zulle veste a camisola amarela logo no primeiro dia ao vencer o Prólogo da Volta a França, perdendo logo nos primeiros dias. Depois de dois abandonos durante as edições de 1997 e 1998 (fruto do Caso Festina, equipa onde se encontrava na altura, ter sido suspensa), em 1999 termina no pódio como já foi referido e em 2000, não termina mais uma vez a prova francesa. A participação no Giro de Itália resume-se a duas edições em que na primeira, alcança três vitórias de etapa, vestindo a camisola rosa, líder da classificação geral e termina em 14º lugar final. No ano seguinte, corre na prova italiana mas não a finaliza. Além das grandes voltas, Alex Zulle participou e ganhou muitas outras corridas, sobretudo, provas por etapas. Venceu por duas ocasiões, a Semana Catalã (1992 e 1996) e a Volta ao País Basco (1995 e 1997) e conta com uma vitória no Paris-Nice (1993), na Volta a Catalunha (1996) e na Volta a Suíça (2002). Uma das suas conquistas mais importantes aconteceu em 1996 quando Alex Zulle sagrou-se campeão mundial de contra-relógio na Suíça natal.
Alex Zulle foi um dos implicados no Caso Festina. O suíço esteve presente na equipa espanhola da ONCE entre 1991 e 1997 e em 1998 saiu para a Festina. No decorrer do Tour a equipa foi afastada devido às investigações de doping que se suspeitava existir na equipa e que mais tarde se confirmaram. Zulle era um dos elementos investigados e no inquérito policial admitiu o uso de substâncias dopantes nesse ano devido a pressões no seio da equipa. Acabou suspenso por doping por um período de sete meses. Em 1999 e 2000 correu pela Banesto, tendo sido recrutado pela Team Coast em 2001, onde ficou até 2003, ano em que ingressa na equipa suíça da Phonak e onde termina a carreira em 2004.
