Liege-Bastogne-Liege

A Liege-Bastogne-Liege é conhecida como a “Decana” do ciclismo, fazendo parte da lista dos cinco monumentos. Corre-se no sul da Bélgica, na região da Valónia no final do mês de Abril e é a última das Clássicas das Ardenas.

A Liege-Bastogne-Liege é uma das clássicas mais antigas do ciclismo e, como tal, é conhecida como a “Decana”, fazendo parte da lista dos cinco monumentos. Corre-se no sul da Bélgica, na região da Valónia no final do mês de Abril e é a última das Clássicas das Ardenas, depois da Amstel Gold Race e da Fleche Wallone.

Como decorre numa região de colinas, a prova vive dessa dureza. A elevada extensão da corrida (normalmente, acima dos 250 quilómetros) com as subidas que compõem a segunda parte da prova, aquando do retorno de Bastogne para a cidade de Liége, sobretudo, nos últimos 100 quilómetros, fazem desta prova um objectivo para muitos dos principais ciclistas. Nas últimas edições, esta competição contou com 11 subidas de elevada inclinação entre um quilómetro e os quatro de duração. As subidas mais conhecidas e que acolhem mais publico são o Col de la Redoute, Col de la Roche aux Faucons e Cote de Saint Nicolas, esta última subida já muito perto da meta, a pouco mais de 5 quilómetros.

A primeira edição da prova aconteceu em 1892, organizado pelo jornal L´Expresse e foi numa versão diferente da actual, com a ligação de Spa-Bastogne-Spa, ganha nos três primeiros anos por um belga Léon Houa. Contudo, só em 1894, decorreu a primeira edição para os profissionais. Houve um interregno de 14 anos sem se realizar a prova e voltou a ser organizada em 1908, já com a configuração actual da Liege-Bastogne-Liege. Em 1972, o final da prova ocorreu na cidade Verviers mas após alguns protestos, voltaram a colocar a chegada na cidade de Liege. Mas em 1992, houve a mudança definitiva da meta para a localidade de Ans, isto já através da organização da Volta a França, a actual ASO.

Entre tantas edições, mais de 100, existem algumas histórias e momentos marcantes. Em 1957, foram declarados dois vencedores na prova. O belga Germain Derijke venceu a competição, mas terá passado por uma passagem de nível enquanto estava fechada e como isso deu-lhe vantagem, a organização decidiu não lhe retirar a vitória e atribuir a conquista, também, ao segundo ciclista a cortar a meta, Frans Schoubben. Em 1971, a edição foi uma das mais difíceis e épicas da história, com as dificuldades habituais da prova aliada à neve e ao frio e foi ganha por Eddy Merckx. Atacou a 100 quilómetros da meta e após ter uma vantagem de mais de 5 minutos face aos adversários, deixou-se apanhar por Georges Pintens, conseguindo adiantar-se na meta. Passou-se exatamente o mesmo em 1980. Foi dantesco, numa edição coberta de neve, em que terminaram 21 ciclistas e Bernard Hinault atacou para a vitória a mais de 75 quilómetros da meta, conseguindo na chegada, uma vantagem de mais de 10 minutos face ao segundo classificado. Foram muitos os ciclistas que correram e que venceram neste Monumento do ciclismo, mas ficam alguns nomes que se destacaram nesta competição:

Fred de Bruyne conquistou esta mítica prova nos anos 50 em três edições, tendo sido conseguido nas suas três primeiras participações na prova belga. Triunfou nos anos de 1956, 1958 e 1959.

Eddy Merckx é o recordista de vitórias na competição belga, com cinco conquistas, três delas consecutivas. Venceu em 1969, 1971, 1972,1973 e 1975. A edição de 71 fica marcada como uma das que teve piores condições climatéricas.

Moreno Argentin foi um ciclista italiano, especialista neste tipo de clássicas e que ganhou por quatro ocasiões, três delas consecutivas, tal como Eddy Merckx. Ganhou em 1985, 1986 e 1987 e mais tarde, em 1991.

Alejandro Valverde é um dos melhores ciclistas do pelotão actual. Ciclista muito completo e com vitórias em todo o tipo de corridas. Já venceu esta prova em três ocasiões, sendo o actual campeão em título. Venceu em 2006, 2008 e em 2015.

Quanto a portugueses, o melhor resultado conseguido na corrida foi, precisamente, no ano passado, com o quarto posto de Rui Costa, superando o 5º lugar que tinha sido alcançado por Acácio da Silva em 1984.

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