George Gordon Byron (1788-1824) foi um singular e extravagante poeta inglês que teve uma significativa influência no Romantismo inglês e alemão.
De origem escocesa por parte da mãe, Lord Byron nasceu em Londres no seio de uma família abastada. Aos seis anos, tornou-se barão de Byron. Frequentou escolas com excelente reputação e, mais tarde, ingressou no Trinity College, onde redigiu e editou, em 1807, «Hours of Idleness», a sua primeira coletânea de poemas. Pela mesma altura, Byron começava não só a revelar um comportamento excêntrico, pois começara a acumular dívidas, como também a afirmar uma personalidade complexa e repleta de paixões violentas, na medida em que manifestava a sua homossexualidade de modo fervoroso.
Em 1809, como resposta a uma crítica negativa por parte da «Edinburgh Review» relativamente ao seu primeiro livro de poemas, Byron publicou «English Bards and Scotch Reviewers», um poema satírico no qual atacou poetas consagrados como, por exemplo, William Wordswordth.
Nos três anos que se seguiram, Byron viajou um pouco por toda a Europa até ao Médio-Oriente. Rumo a Portugal, em primeiro lugar, daí o poeta seguiu para Espanha, depois Malta, Albânia, Grécia e, por fim, Turquia. Após esta experiência riquíssima, e de regresso a Inglaterra, publicou «Childe Harold’s Piligrinage», um poema descritivo sobre viagens, no qual refere o deleite que o herói nutre pela vila histórica de Sintra. Este é, de facto, identificado com o autor, devido ao hedonismo e rebeldia que deixa transparecer nas suas palavras.
De 1813 a 1816 redigiu uma série de poemas narrativos, alguns dos quais revelando inspiração oriental. Destacam-se «The Bride of Abydos», «The Coursair», ou «The Siege of Corinth».
Ainda em 1816, decidiu abandonar de vez o seu país natal para se estabelecer na Suíça. Foi, na verdade, na sua casa que Mary Shelley concebeu «Frankenstein, ou o Prometeu Moderno» (1818). Seguidamente, partiu para Veneza, cidade na qual escreveu o notável «Don Juan», um poema satírico.
Em 1823, embora com a sua saúde já um pouco debilitada, Byron decidiu ir para a Grécia, onde participou na luta da independência grega contra os turcos.
Faleceu em Missolonghi, vítima de malária, no dia 19 de abril de 1824.
Byron deixou-nos um legado literário inigualável, com um estilo poético que se caracteriza sobretudo pela expressão intensa da paixão sentida por um herói excessivo, devasso, melancólico e romântico.