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Considerado o “pai da democracia”, Clístenes (565 a.C. – 492 a.C.) foi um político e legislador ateniense, da Grécia Antiga.
Após a vitória sobre Iságoras, um tirano que se aliava a Esparta e que pretendia restaurar a oligarquia beneficiando apenas os aritocratas, Clístenes foi dotado de poderes extraordinários para reformar a Constituição de Atenas.
Neste sentido, o legislador modificou profundamente as instituições que Sólon (638 a.C. – 558 a.C.) deixara: reformou o esquema censitário do último, ao alargar ao campo eleitoral a igualdade perante a lei, aumentou a Ática através da admissão de estrangeiros e, embora oriundo de uma família aristocrata, aboliu a riqueza como critério de cidadania, integrando, assim, os novos cidadãos nas instituições democráticas vigentes. Criou, ainda, as leis sobre o Ostracismo1 e o juramento das Bulentas2.
Todas estas reformas transformaram Atenas definitivamente numa democracia, regime que, ao invés de ser instalado por imposição, foi antes instaurado deliberadamente e por vontade popular.
1 Estas leis contemplavam que, quando alguém era considerado perigoso ou indesejado para o regime democrático, o seu nome era registado e essa pessoa era exilada durante dez anos.
2 Este juramento contemplava que as pessoas, ao ocuparem o poder, eram obrigadas a jurar a Constituição e, ao abandonarem o poder, eram obrigadas a prestar contas.