Óvulo

Definição de óvulo

O óvulo (ou ovocélula, figura 1) é o gâmeta feminino (célula haploide) animal produzido nos ovários através de um processo designado por oogénese. Esta célula é caracterizada por ser uma célula gigante que contem maior parte dos constituintes necessários para dar origem a um novo organismo.

Figura 1 - Imagem de microscopia eletrónica de um gameta feminino.

Figura 1 – Imagem de microscopia eletrónica de um gameta feminino (óvulo), com espermatozóides em contacto com a sua camada externa.

Desenvolvimento do óvulo

No final da meiose, o oócito II origina duas células desiguais: uma bastante grande, o óvulo maduro, e outra pequena, o segundo glóbulo polar. Aquando da formação do óvulo maduro, a oogénese termina e inicia-se o processo de evolução de um novo organismo.

Fecundação

Todo o processo da fecundação ocorre nas trompas de Falópio e, de forma a garantir o sucesso deste processo, a maturação do oócito II (obtida através da meiose) deve estar coordenada com o crescimento celular da célula, a formação dos cromossomas meióticos e a reorganização nuclear. O sucesso da fecundação é, também, dependente do contacto íntimo entre o espermatozoide e o óvulo e da fusão das suas membranas – formando o zigoto. Esta coordenação é possível através de sinalização intracelular, que é crucial para a regulação da meiose. A fecundação leva a oscilações nas concentrações intracelulares do ião cálcio, o que desbloqueia o oócito II (suspenso em metafase II) e leva à progressão da meiose e, por fim, forma-se o óvulo maduro.

Após a fecundação, o óvulo é libertado do ovário por um processo denominado ovulação. Nesta etapa, o genoma da célula deixa de ser controlado de forma materna e passa a ser controlado pelo próprio embrião. Este processo é possível devido a mecanismos mediados por proteínas cinases dependentes de AMP cíclico e coincide com o desaparecimento das reservas de RNA da célula, herdadas da mãe. O tempo que este processo toma baseia-se no tamanho da cauda poli-A dos seus mRNAs e varia de espécie para espécie (por exemplo, nos humanos, os mRNAs característicos da mãe não são visualizados a partir do estágio de 6 células do embrião).

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References:

  • Greenstein, D. (12 de 2005). Control of oocyte meiotic maturation and fertilization. WormBook, 28, 1-12.
  • Heikinheimo, O., & Gibbons, W. E. (1998). The molecular mechanisms of oocyte maturation and early embryonic development are unveiling new insights into reproductive medicine. Molecular Human Reproduction, 4 (8), 745–756.
  • Serrano, H., & Garcia-Suarez, D. (12 de 2001). Molecular aspects of mammalian fertilization. Asian Journal Andrology, 3, 243-249.
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