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Apresentação do Forte de Queixome (Qeshm)
Localizado no lado norte da ilha de Queixome (Qeshm), no Estreito de Ormuz, à entrada do Golfo Pérsico, o Forte de Queixome é uma fortificação construída pelos portugueses no século XVII (provavelmente por volta de 1621 ou 1622). A sua construção tinha como principais objetivos ajudar a dar suporte às operações comerciais portuguesas na região, servindo simultaneamente como centro logístico para abastecimento e proteção dos poços de água que forneciam Ormuz. A ameaça de retaliação por parte dos persas, que entenderam a construção do forte como um ato de agressão, levou a que se opta-se por uma arquitetura e materiais que permitissem uma construção rápida e simultaneamente robusta. Apesar disso, os persas cercaram o forte logo após a sua construção, e pouco depois, com a ajuda dos ingleses, os portugueses são obrigados a capitular. Contudo, a débil presença dos persas em Queixome, que entretanto conquistaram também Ormuz, deu espaço a que o portugueses voltassem a conquistar o forte em 1629, dando um novo fôlego ao comércio português na região. Mais tarde foi a vez dos holandeses voltarem também a sua atenção para este posto comercial português, conseguindo conquistá-lo em 1683.
Atualmente, e apesar de se encontrar em ruína acentuada, ainda se mantém diversas imponentes estruturas que deixam perceber o seu desenho original formado por um quadrilátero irregular de dimensão média, com baluartes nos vértices. As espessas muralhas eram percorridas por um parapeito com diversas aberturas para os canhões. No troço voltado para o mar existiam diversas dependências onde podiam ser dispostas peças de artilharia que reforçavam o poder de fogo sobre o mar. Referência ainda para a grande cisterna existente no subsolo do pátio, a qual teria capacidade para mais de 200 metros cúbicos de água.