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O Palácio Nacional da Ajuda é um monumento nacional localizado na freguesia da Ajuda, no concelho de Lisboa, distrito de Lisboa, em Portugal. Também é conhecido por Paço de Nossa Senhora da Ajuda.
A sua construção iniciou-se em 1795. Atualmente, grande parte é um museu. Além disso, alberga a Biblioteca Nacional da Ajuda, o Ministério da Cultura, a Galeria de Pintura do rei D. Luís I e a Direção Geral do Património Cultural. O espaço visitável tem dois pisos: o piso térreo e o andar nobre. No piso térreo, que se destinava aos aposentos pessoais, estão quatro salas – Sala de Música, Sala Azul, Sala de Jantar, Sala de Mármore e de Bilhar. O andar nobre era dedicado à receções de gala. Aqui encontram-se a Sala do Corpo Diplomático, a Sala do Trono, a Sala D. João VI – onde se realizavam os bailes – e a Sala dos Grandes Jantares.
História do Palácio Nacional da Ajuda
Em 1726 D. João V comprou três quintas na zona de Belém. A primeira tinha a edificação do que atualmente é o Palácio de Belém, a segunda tinha uma ermida do Oratório que é hoje o Palácio das Necessidades. A terceira quinta da Ajuda estava reservada para a edificação de uma residência real de Verão. A sua utilização como Paço Real aconteceu apenas após o terramoto de 1755, no reinado de D. José I. O monarca mandou erigir no local um palácio de madeira e pano, a que chamou Real Barraca ou Paço de Madeira. A obra ficou concluída em 1761. Em 1768 foi construído o primeiro jardim botânico de Lisboa em redor do palácio. Um incêndio deflagrou no local e destruiu por completo a Real Barraca em 1794.
D. João aprovou a construção de um novo palácio em estilo barroco. A construção iniciou-se em 1795. Por falta de recursos as obras foram interrompidas pouco tempo depois e apenas retomadas em 1802. Ao longo dos anos a construção do novo edifício foi várias vezes interrompida. Vários anos depois, em 1826, o projeto do palácio foi reduzido a apenas um bloco. Ao longo dos anos o Palácio Nacional da Ajuda foi palco de vários eventos, cerimónias oficiais e foi habitado por vários monarcas.
Nos primeiros anos da República o palácio foi encerrado, mas o seu património foi preservado e inventariado. O palácio foi declarado Monumento Nacional em 1910.
Em 1938 reabriu como museu, mas continuava inacabado. Em novembro de 2014 foi anunciado que a fachada inacabada do Palácio Nacional da Ajuda ia ser concluída. As obras começaram em fevereiro de 2018 e têm prazo de conclusão em 2020, com um orçamento que ronda os 20 milhões de euros.
Coleções do palácio
O Palácio Nacional da Ajuda tem várias coleções de artes decorativas desde o século XV ao século XX. Destacam-se objetos de ourivesaria, joalharia, têxteis, mobiliário, vidro, cerâmica, pintura, gravura, escultura e fotografia.
Cerâmica
O acervo de cerâmica tem cerca de 17 mil peças em porcelana, faiança e grês. Inclui exemplares do século XVI ao início do século XX.
Escultura
A coleção de escultura permite observar cerca de 400 obras produzidas entre a primeira metade do século XIX e a segunda década do século XX. Inclui obras em mármore, bronze, madeira, marfim e gesso.
Fotografia
Esta coleção traça a história da fotografia em Portugal, sendo composta por várias tipologias, formatos e tipos de suporte de mais de 300 fotógrafos.
Joalharia
O acervo de joalharia inclui exemplares do século XVII ao final do século XX. Esta coleção inclui dois grandes núcleos:
- Joias da Coroa Portuguesa – peças do século XVIII e de produção nacional
- Joias do Quotidiano – várias tipologias de adorno para uso corrente
Metais
Aqui encontram-se peças de caráter utilitário e decorativo, principalmente do século XIX.
Mobiliário
O mobiliário é o espelho das coleções europeias suas congéneres, incluindo estilos europeus com influências orientais, exóticas e naturalistas.
Ourivesaria
A coleção de ourivesaria é composta por várias tipologias e proveniências do século XIV ao início do século XX. Existem pratas da coroa, ourivesaria religiosa e pratas decorativas e utilitárias.
Pintura
Este é um acervo com mais de 450 quadros a óleo, destacando-se cerca de 880 exemplares, entre aguarelas, desenhos, pastéis e esboços.
Têxteis
A coleção é formada a partir do acervo da antiga Casa Real. É composta por objetos artísticos das antigas coleções reais, datados dos séculos XVII e XVIII.
Traje
Da segunda metade do século XIX esta coleção tem peças ligadas ao quotidiano da Família Real e do palácio. Destacam-se dois mantos reais, os uniformes dos reis D. Luís I e D. Carlos I e dos príncipes.
Utensílios
A coleção de utensílios e equipamentos também tem peças do acervo da antiga casa real portuguesa e algumas doações. Tem cerca de 2000 peças de grande diversidade.
Vidro
O acervo de vidro é constituído por cerca de 12 500 peças oriundas do espólio da antiga Casa Real. Tem vidro utilitário, decorativo, luminária e vidraça.