Palácio da Brejoeira

Apresentação do Palácio da Brejoeira: localização geográfica, evolução histórica, características da quinta e do edifício principal e custo da visita

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O Palácio da Brejoeira situa-se na freguesia de Pinheiros, na vila e concelho de Monção, no distrito de Viana do Castelo. 

Esta propriedade rural histórica localiza-se a seis quilómetros a sul de Monção. Caracteriza-se por ter 18 hectares de vinha, oito hectares de bosque e três hectares de jardim, além de um sumptuoso palácio.

Após vários anos em que a empresa que gere o palácio se dedicou apenas à produção vitícola, desde 2010 que a administração entendeu ser importante fomentar as visitas ao património. Assim, atualmente é possível fazer uma visita interior ao palácio, aos jardins, à adega antiga e à capela por 7,50 euros. Além disso, também se pode fazer apenas uma visita ao bosque, às vinhas, ao lago e à capela de São Francisco por 5 euros. 

História do Palácio da Brejoeira

O Palácio da Brejoeira foi erguido no início do século XIX. As obras prolongaram-se até 1834. A autoria do projeto é atribuída a Carlos Amarante, um dos mais importantes arquitetos do país na altura. 

Inicialmente o palácio pertenceu a Luís Pereira Velha de Moscoso, fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo. Não pertencendo à nobreza, Luís de Moscoso não podia construir um palácio com quatro torres. Para esse fim pediu autorização ao rei para edificar a terceira torre. O proprietário morreu em 1837. As obras prosseguiram sob orientação do seu filho Simão Pereira Valho de Moscoso que acabou por morrer sem descendência. Por falta de parentes próximos o palácio foi herdado pela família Caldas de Lisboa. Apenas se sabe que D. Joana Caldas foi a sua terceira proprietária. 

Em 1901 o palácio foi vendido em hasta pública a Pedro Maria da Fonseca Araújo, na altura presidente da Associação Comercial do Porto. O novo proprietário realizou amplas obras de restauro. O palácio foi enriquecido com uma capela palatina e um teatro, as paredes do átrio e da escadaria foram revestidas com azulejos e o lago foi construído. 

A 23 de junho de 1910 o Palácio da Brejoeira foi classificado como Monumento Nacional. 

Após a morte de Pedro Araújo o palácio entrou em decadência e em 1937 foi novamente vendido. Francisco de Oliveira Pais foi o seu quinto proprietário. Anos mais tarde, Francisco Pais ofereceu o palácio à sua filha, Maria Hermínia d’Oliveira Paes, nascida em 1918. Nesta altura é mandada construir uma moderna adega e em 1977 é lançado o vinho alvarinho “Palácio da Brejoeira”. Maria Hermínia d’Oliveira Paes residiu na área privada do palácio até ao seu falecimento, a 30 de dezembro de 2015. 

Palácio da Brejoeira_Monção

Por Joseolgon – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=4546985

Características

O Palácio da Brejoeira foi construído em estilo neoclássico caracterizando-se por uma planta em forma de “L”. Apresenta, no entanto, ornatos de estilo rococó. As quatro fachadas são limitadas por três torreões. O corpo central é quase totalmente revestido a granito e apresenta ao centro um portal alargado e feito saliente dos corpos laterais. Esta zona central é ainda coroada pelo brasão de armas familiar entre duas balaustradas. No corpo perpendicular à fachada a decoração é mais severa. 

O interior do palácio conserva algumas salas com interesse, nas quais a decoração é neoclássica. Destacam-se os salões com pinturas, entre as quais um retrato de D. João VI, mas também frescos e decoração. As peças são maioritariamente em estilo império e oriental, que revelam o luxo da época.  

A entrada é marcada por uma escadaria nobre. Nas paredes estão painéis de azulejo de Jorge Pinto, executados no século XX. O palácio tem ainda uma capela e um teatro. 

O edifício principal está rodeado de uma mata e jardins em estilo inglês com lagos, magnólias, cameleiras, estátuas de figura mitológicas e japoneiras. No bosque está uma coleção de árvores exóticas, um lago e a Ilha dos Amores. 

A quinta tem um total de 30 hectares: 18 hectares de vinha de casta Alvarinho, oito hectares de bosque e quatro hectares de edifícios e jardins.

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