O Mosteiro de Alcobaça é um monumento nacional que se situa em Alcobaça, na Região Centro do País e que tem como estilo predominante o estilo gótico, manuelino, barroco e maneirista. O edifício começou a ser construído no século XII e foi inaugurado no ano de 1252.
O Mosteiro de Alcobaça, também conhecido como Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça ou Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, é um monumento nacional (1910) e património da humanidade (1989) que se localiza na cidade de Alcobaça, na Região Centro de Portugal. A construção teve início no ano de 1178 pelos monges da Ordem de Cister e só em 1252 foi inaugurado. O Mosteiro está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional desde o ano de 1910. No ano de 2007 o Mosteiro de Alcobaça foi eleito na votação para «As 7 Maravilhas de Portugal»
Constituição do Mosteiro de Alcobaça
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Igreja
A Igreja tem na sua estrutura uma nave central, duas naves laterais e um transepto (ou cruzeiro) que forma uma cruz, ou seja, é uma igreja com planta de cruz latina. As naves da igreja têm cerca de vinte metros de altura, a capela-mor tem no seu limite oriente um deambulatório (ou charola) com nove capelas radiais. As restantes quatro capelas vão dar ao transepto. A igreja tem um coro cujas cadeiras estão datadas do século XVI arderam no ano de 1810 durante as Invasões Francesas, no entanto a fachada do mosteiro mantem-se, apesar das alterações feitas entre 1702 e 1725, com elementos de estilo barroco na sua maioria. A nível arquitetónico e estético a igreja do Mosteiro de Alcobaça é um local sem imagens e sem grandes decorações interiores, como ordenava a Ordem de Cister. As naves centrais e laterais são abobadadas, abside circular, iluminada por frestas altas, realçando o altar-mor. No interior destaca-se o estilo gótico.
Na igreja encontram-se os túmulos de D. Afonso II, D Afonso III, D. Beatriz, mulher de D Afonso III e três dos seus filhos e D. Urraca. Os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro são túmulos que pertencem a uma das maiores esculturas da Idade Média.
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Deambulatório
É articulado com a nave através de duas paredes opostas, retas, que estão marcadas por dois pilares nos extremos de cada lado. É constituído por 8 colunas de largo diâmetro, com ornamentos vegetalistas. A abóbada é nervurada e assenta em meias colunas. O exterior do deambulatório tem uma abóbada mais pesada em relação às restantes construções do monumento.
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Sacristia
É um local com cerca de 100 m2 que se localizava no topo norte do transepto e que no tempo do reinado de D. Manuel I foi substituída por uma nova sacristia, com 250 m2 desta vez no lado sudeste da charola. Do outro lado da entrada para a igreja foi construída uma capela, a capela do Senhor dos Passos, que foram destruídas no ano do terramoto de 1755. As zonas foram reconstruídas e conservam-se os portais manuelinos.
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Claustro Medieval
Foi terminado aquando a igreja, por volta do ano de 1240, no entanto acreditasse que tenha desmoronado. Em 1311 foi substituído pelo ainda existente Claustro de Dom Dinis também conhecido como Claustro do Silêncio devido à proibição de se conversar naquele espaço. Para se aceder ao claustro existe uma escada em caracol que liga também a cozinha ao dormitório.
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Claustro da Leitura
É o claustro mais a sul do Mosteiro que se organiza paralelamente à igreja mas que não engloba outras partes do edifício. No século XV estavam colocados bancos de pedra onde os monges podiam sentar-se para ouvir as leituras, daí o nome do claustro. No meio do claustro existe uma capela em honra à Virgem Maria.
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Claustro do Capítulo
Localiza-se do lado oriental e tem uma porta de ligação à igreja através da qual os monges entravam na mesma. Engloba a sacristia medieval, a Sala do Capítulo, o Parlatório, a escada para o dormitório e o acesso à Sala dos Monges.
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Sala do Capítulo
Servia para realizar as assembleias dos monges e era depois da igreja o espaço mais importante do Mosteiro. O seu nome deve-se às leituras que eram feitas a partir dos capítulos da Regra beneditina.
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Parlatório
Encontra-se ao lado da Sala do Capítulo e era nesse local onde os monges estavam autorizados a falar com os seus superiores. Eram obrigados ao silêncio à exceção das rezas e situações excecionais sendo que desta maneira usavam língua gestual e o parlatório era o local de exceção.
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Sala dos Monges
Fica situada por baixo do Dormitório e é acessível através de uma porta ao lado da escada para o mesmo. A sala tem cerca de 560 m2 e servia para alojar os noviços que não participavam na vida quotidiana dos monges professos. Quando se construiu a nova cozinha do Mosteiro era na Sala dos Monges que se guardavam muitas das vezes as mercadorias.
Além destas divisões existem também o Claustro do Refeitório, a Cozinha Velha e Nova, o Refeitório, o Lavabo e o Dormitório.