Fórum Romano / Alcáçova – Mértola

Fórum Romano / Alcáçova – Mértola – Não há-de surpreender que Mértola, até ao desenvolvimento da navegação atlântica, tenha concentrado uma estranha (…)

Fórum Romano / Alcáçova – Mértola

Não há-de surpreender que Mértola, até ao desenvolvimento da navegação atlântica, tenha concentrado uma estranha estrutura urbana, visto a sua excepcional implantação como o porto mais interior do sudoeste ibérico (70km do mar).

Em 1978 são iniciados os trabalhos arqueológicos na zona do antigo Fórum romano, em que o criptopórtico foi cuidadosamente desentulhado durante 5 anos. Na mesma altura foram descobertas as estruturas de habitação de época islâmica, que lhe estão sobrepostas. Este conjunto de habitações, que destacam duas casas com as suas cozinhas, pátios e alcovas (quartos interiores de dormir), foi abandonado depois da conquista cristã, servindo de cemitério durante os séculos XIV e XV.

As escavações arqueológicas na alcáçova de Mértola têm mostrado um notável conjunto de informações que nos permitem conhecer os contornos que a ocupação dessa área teve ao longo do período islâmico

Verificam-se ao longo das escavações que existiram obras de nivelamento do terreno, e que estavam instalados vários sistemas de saneamento.

Relativamente às habitações do bairro verifica-se que apresentam esquemas construtivos e organizativos muito semelhantes, variando apenas um pouco ao nível do estatuto económico. Estas habitações eram construídas em alvenaria e/ou taipa, cobertas por telhas de canudo e pavimentos em blocos de xisto, tijoleiras, argamassa ou terra batida. Estavam organizadas em torno de um pátio central descoberto e dispunham sempre de um pequeno átrio de entrada, de um salão (espaço nobre da moradia) e da respectiva alcova, de uma provável área de armazenamento, de uma cozinha e de uma latrina. Apesar do modelo corresponder à conhecida tipologia de casa mediterrânica, alguns dos hábitos dos habitantes parecem apontar para a presença de populações autóctones ligadas, particularmente, a hábitos ancestrais.

Verifica-se ainda que a louça da cozinha podia, na sua maioria, ter sido de fabrico local, enquanto que as peças mais luxuosas correspondiam, talvez, a materiais importados dos principais centros oleiros da Andaluzia ou do Norte de África.

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