Teseu foi um dos maiores heróis da cidade de Atenas. Apesar de não ter sido um semideus, realizou feitos dignos de um. Não há consenso entre historiadores e especialistas a respeito do fato de Teseu ter existido ou não. Seu nome consta em uma tradicional lista dos Reis de Atenas, mas não há provas suficientes que definam essa questão.
De acordo com o que se sabe, ele era filho de Egeu e neto de Pandião II, antigo rei de Atenas, que foi expulso de seu reino pelos metiônidas. Seus quatro filhos, entre eles Egeu, recuperaram sua terra natal, cujo comando ficou nas mãos do pai de Teseu. Egeu se casou duas vezes, mas não teve filhos, o que o fez ir até o oráculo de Delfos para consultar seu futuro.
Na volta para casa, sem ter entendido a mensagem, Egeu se hospeda em uma cidade chamada Trezena. O rei era Piteu, que compreendeu a mensagem do oráculo. Ele fez com que Egeu ficasse bêbado e se deitasse com sua filha Etra. Egeu, ao saber que Etra engravidou, pediu que só dissesse à criança quem era o pai, se fosse menino, quando ele fosse forte o suficiente para pegar uma espada e sandálias escondidas por Egeu atrás de uma rocha. Após, deveria rumar a Atenas com a espada e as sandálias do pai.
Aos dezesseis anos, Teseu tomou conhecimento sobre sua ascendência e sobre seu destino. Ele tomou a espada e as sandálias do pai e rumou para Atenas. No caminho enfrentou diversas batalhas. Entre os inimigos que enfrentou, estavam Perifetes, filho de Hefesto, e Sínis, um gigante filho de Poseidon.
Ao chegar a Atenas, Teseu já era bastante famoso. O pai, Egeu, não o reconheceu de imediato. À época o rei estava casado com Medeia, que fugira de Corinto acusada de matar quatro pessoas, entre elas seus dois filhos. Ainda que ela soubesse quem era aquele rapaz recém chegado, nada disse ao esposo. Ao contrário, incitou-o a envenenar o jovem com uma bebida durante um jantar. Teseu só foi salvo porque colocou a espada sobre a mesa e foi reconhecido pelo pai a tempo. Medeia, novamente, foi expulsa de outra cidade.
Teseu e o Minotauro
Houve uma guerra entre Egeu e o rei Minos, de Creta. Minos acreditava que a morte de seu filho Androgeu era culpa dos atenienses, no que ele decidiu atacar Atenas. Durante o cerco à cidade, Zeus enviou uma praga contra Atenas que fez Egeu perder a guerra. Minos, então, estipulou a cobrança de uma taxa que deveria ser paga a cada nove anos: sete rapazes e sete moças atenienses deveriam ser enviados à Creta para serem devorados pelo monstro Minotauro.
Na terceira remessa de atenienses enviada à Creta, Teseu decidiu trocar de lugar com um jovem para intervir na questão. Uma vez lá, Ariadne, filha de Minos, se apaixonou pelo herói e tomou a decisão de ajuda-lo em sua missão dentro do labirinto do Minotauro. Mesmo que não pudesse auxiliá-lo na batalha, o auxiliou a encontrar o caminho de volta do labirinto.
O plano dos amantes era que Ariadne seguraria um novelo de lã da entrada do labirinto, que Teseu desenrolaria à medida que progredia em sua caminhada dentro da estrutura. O plano funcionou perfeitamente. Teseu chegou ao Minotauro e o matou com apenas um golpe de espada na cabeça.
Na volta para casa, ele deveria usar velas brancas em seu navio, dadas, por seu pai, para que Egeu soubesse que o filho saiu triunfante de sua opção. Teseu, por esquecimento, manteve as velas negras. Egeu, ao avistá-las de longe, supôs que o filho estivesse morto e se suicidou ao pular de um penhasco. Teseu se tornou rei de Atenas, mas passou por diversos conflitos pessoais e políticos antes de ser assassinado.
References:
https://www.britannica.com/topic/Theseus-Greek-hero