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Édipo é a figura lendária da mais trágica história que nos legou a mitologia grega e que, ao longo do curso do tempo, inspirou obras como as tragédias «Rei Édipo», «Édipo em Colono», de Sófocles, ou «Édipo» do dramaturgo francês Pierre Corneille. Também inspirou a partitura «Édipo Rei», de Strawinsky.
Édipo era filho de Laio, rei de Tebas, e de Jocasta. Os seus pais abandonaram-no, ainda bebé, no monte Citíron, pois o oráculo predissera-lhes que, como lhes fora interdito ter descendência, o seu primogénito havia de matar Laio com as suas próprias mãos.
Contudo, Édipo foi encontrado ainda vivo, atado a uma árvore, por pastores. Estes decidiram levá-lo para Corinto, onde cresceu e foi educado pelo rei, que o tratou como se fosse seu filho. Já adulto, e informado sobre as suas origens misteriosas, deslocou-se a Delfos com a intenção de consultar o oráculo e obter respostas. Soube, assim, que mataria o seu pai e desposaria a sua mãe e, como tal, o oráculo aconselhou-o a não regressar à sua pátria. Receoso, decidiu abandonar Corinto, que julgava ser a sua pátria, e dirigiu-se a Tebas.
No caminho, após um incidente, matou um ancião que, por acaso, era Laio, seu pai, cumprindo-se, assim, parte da profecia do oráculo. Depois, decifrou o enigma da Esfinge e, como prémio pela morte do monstro que assolava Tebas, casou com Jocasta, sua mãe, e tornou-se rei. Tiveram quatro filhos: Antígona, Isménia, Polinice e Etéocles.
Quando, mais tarde, foi elucidado quanto às suas origens, por intermédio do oráculo, arrancou os olhos e fugiu de Tebas, levando consigo Antígona para que o guiasse. Jocasta, por sua vez, enforcou-se.
