Quem são os Sunitas / o que é o Sunismo
Os Sunitas representam a maior comunidade religiosa do Islão. As suas origens remontam ao século VII, aquando da morte do Profeta Maomé a 8 de Junho de 632. Após a morte do profeta, foi estabelecido o Califado Ortodoxo, regido pelos ‘Quatro Califas Bem Guiados’, segundo a perspectiva sunita. Os xiitas consideram um quinto califa, Ali, primo e genro do profeta. Os Sunitas acreditam que a legitimidade para a difusão, defesa e interpretação dos ensinamentos de Maomé, estava presente nos Califas Bem Guiados, enquanto os xiitas defendem que a continuação da obra de Maomé estava na sua linhagem familiar directa, isto é, Ali e os seus descendentes. As divergências no seio do mundo islâmico são, tão antigas como a religião. Outra corrente teológica e historiográfica defende, que os Sunitas emergiram apenas a partir de uma interpretação mais moderada do Islão no século VII.
O Califado Ortodoxo chegou ao fim após uma guerra civil no mundo islâmico. Foram várias as motivações para o conflito: interpretação religiosa entre sunitas e xiitas; as diferentes nacionalidades que o mundo muçulmano passara a abranger, como persas e egípcios; motivações de ordem politica e económico-comercial. Deste conflito emergiu uma nova ordem governativa sediada em Damasco na Síria, o Califado Omíada, seguidor da corrente sunita. As principais entidades governativas na História Islâmica, como Otomanos ou Abássidas eram igualmente Sunitas, daí que ainda hoje se mantenha como a principal corrente do Islamismo.
Um Sunita deve seguir os ensinamentos do Corão, e reger a sua vida pela Suna – seguir tudo aquilo que Maomé fez, disse e aprovou, tentando repetir toda a vida e obra do profeta. Assim a vida e tradição de um Sunita é baseada na vida e obra do profeta, segundo os registos dos Quatro Califas Bem Guiados e o Alcorão, o seu livro sagrado.