Quem eram os Zelotas
Os Zelotas, ou Zelotes, (palavra com origem no grego antigo e que literalmente significa ‘alguém que zela´ ou ‘zelador’) eram um grupo político-religioso que integrava a sociedade judaica no tempo de Jesus, inicialmente constituído a partir dos Fariseus no início do séc. I. São originários maioritariamente da classe dos pequenos camponeses e das camadas mais pobres da sociedade, massacrados por um sistema fiscal impiedoso. São muito religiosos e, tal como os Fariseus, nacionalistas e hostis ao Império Romano. Contudo, ao contrário destes, optam por uma resistência aos romanos mais ativa, partindo mesmo para a luta armada e que culmina com a primeira guerra judaico-romana em 66-70 d.C e que tem como consequência a destruição de Jerusalém e do Templo. Por isso, são considerados pelos governantes romanos como criminosos e terroristas, sendo por eles perseguidos e castigados.
Sonham em restaurar um Estado onde Deus é o único rei, representado por um descendente de David (o designado messianismo), daí a sua hostilidade face a qualquer poder externo, nomeadamente o poder pagão exercido pelos romanos. Nesse sentido, os Zelotas são reformistas, ou seja, pretendem restabelecer uma situação passada.
Entre os discípulos de Jesus, crê-se que pelos menos dois deles fossem Zelotas, nomeadamente Simão Pedro, Judas Iscariotes e o apóstolo Paulo.
Outros grupos políticos-religiosos do mesmo período: Doutores da Lei, Saduceus, Fariseus, Herodianos, Essénios e Samaritanos.