Abiú

Quem foi Abiú?: Abiú refere-se a um personagem bíblico. Filho de Arão e também ele sacerdote por um tempo. Foi executado por Deus.

Abiú refere-se a um personagem bíblico e faz referência a um sacerdote israelita e filho de Arão. Abiú era um dos quatro filhos de Arão com a sua esposa Eliseba. Sendo assim, Abiú era irmão de Nadabe, Eleazar e Itamar, e era o segundo filho mais velho de Arão. Ele nasceu no Egipto, e na altura do Êxodo dos hebreus do Egipto, Abiú já era um homem maduro, visto que o seu pai tinha então 83 anos. Visto que era filho de Arão, podemos aferir por isso que ele era sobrinho de Moisés, líder de Israel e de Zípora, esposa de Moisés, primo de Gérsom e Eleazar (filhos de Moisés), e sobrinho de Miriam.

Visto que era um dos filhos mais velhos de Arão, recebeu permissão para que junto com o seu pai, o seu irmão Nadabe e 70 anciãos de Israel, aproximarem-se do Monte Sinai, onde teriam uma visão à distância da glória do Deus dos hebreus, Jeová (ou Javé). Junto com os seus irmãos, Abiú foi ordenado como sacerdote, que atuaria como ajudante do sumo sacerdote, o seu pai Arão, e seria dentre os quatro filhos de Arão que sairia o Sumo Sacerdote seguinte. Desse modo, ele e os seus irmãos trajariam vestes e coberturas para a cabeça, e deveriam ser escolhidos por Moisés e designados para o serviço a Deus. A partir destes cinco homens, nasceriam todos os sacerdotes de Israel. Após a sua designação, foi constantemente incluído quando receberam instruções da parte de Deus sobre o sacerdócio e as suas funções. Mas a sua vida dependia de respeitar a santidade das coisas relacionadas com a sua adoração, incluindo o altar do incenso e os restantes acessórios.

Então, um ano após o início do começo do Êxodo do Egipto, surgiu o tempo para ser estabelecido o tabernáculo e para os sacerdotes serem investidos (isto ocorreu em 1512 A.C segundo a cronologia bíblica). A nação inteira reuni-se à frente da entrada da tenda de reunião para verem as cerimónias de investidura de Arão e dos seus filhos. Aqui, viram Abiú e os seus irmãos a serem lavados, a obterem o turbante, e a receberem a unção como sacerdotes de Deus, para que representassem toda a nação perante Ele. Depois disso, os recém-investidos sacerdotes continuaram à entrada da tenda de reunião durante sete dias, com o objetivo de completar a sua investidura e, assim como Moisés mencionou, “para que as suas mãos fossem cheias de poder”. Arão e os seus filhos fizeram tudo o que Jeová ordenou a Moisés, tio de Abiú.

Passada esta semana, ao oitavo dia, Arão começou a oficiar, e Abiú e os seus irmãos serviam como auxiliares a Arão. Eles foram testemunhas de uma gloriosa manifestação da presença de Deus. No entanto, ainda antes de terminar o dia Nadabe e Abiú, pegaram cada um no seu porta-lume, colocaram fogo nele e colocaram incenso nele, e começaram a oferecer fogo ilegítimo perante Jeová, algo que não lhes tinha sido pedido. Como consequência, saiu fogo da parte de Jeová que os consumiu. Os seus cadáveres foram levados para fora do acampamento pelos primos de Arão e Abiú, os levitas, conforme a instrução de Moisés. O seu pai e os irmãos que sobraram, Itamar e Eleazar, foram instruídos por Deus para que se abstivessem de demonstrações públicas de pesar, por seus familiares terem sido decepados da congregação de Israel.

Logo depois disto, Deus forneceu a Arão um mandamento contra a utilização de bebidas alcoólicas inebriantes por parte daqueles que oficiam no tabernáculo. Este mandamento era bem claro, e a pena por usar álcool em ocasiões que serviam como sacerdotes era a morte. O Pentateuco de Haftorahs diz sobre esta situação: “Os Rabinos estabeleciam um elo entre o incidente de Nadabe e Abiú e esta injunção contra as bebidas alcoólicas inebriantes antes de oficiarem no Santuário.” (Editado por J. H. Hertz, Londres, 1972, p. 446) Portanto, a questão da bebedice poderá ter estado envolvida em seu grave pecado, mas a causa real da morte deles foi a violação do requisito de Deus para a adoração pura, por oferecerem ‘fogo ilegítimo, que ele não lhes tinha prescrito’.”

Abiú usufruiu grandes honras por parte de Deus e um notável destaque perante toda a nação por um pouco de tempo; mas, quer tenha sido por ambição, quer por um exaltado ego, ou até devido a uma atitude frívola para com as instruções de Deus, os seus privilégios foram de curta duração, e ele morreu sem ter filhos.

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