Quem foi Vivienne Westwood
.……
Vivienne Westwood, é provavelmente uma das figuras mais influentes e reconhecidas do design de moda britânico. Com uma história e vida, ligadas intimamente à estética Punk, Vivienne Westwood é uma das designers mais conhecidas do mundo e provavelmente uma das figuras mais influentes do design britânico.
Aclamada pela crítica, esta é a autobiografia da mulher por trás da lenda que influenciou e continua inspirando milhões de pessoas há mais de cinco décadas em várias frentes da cena cultural.
Provocadora, questionadora e irreverente, Vivienne Westwood é até hoje, associada ao punk e ao new wave, gosta de causar polémica e de ser lembrada pela sua atitude inconformista e rebelde.
.……
Vivienne Westwood(1941-0000)
|
|||||||||||||||||||
|
|
||||||||||||||||||
. | |||||||||||||||||||
. |
|
. | |||||||||||||||||
. | Importante: Clique para comentar ou colocar questões sobre este tema >>> |
.……
Vivienne Westwood, nasceu em 1941 em Derbyshire, Inglaterra, filha de mãe tecelã e pai sapateiro e cresce apaixonada por essas duas áreas.
Com apenas 17 anos, mudou-se para a capital inglesa onde começou dando aulas de inglês, mas a sua paixão pela arte levou-a a frequentar durante pouco tempo, um curso de moda na Faculdade de Arte de Harrow, mas não acreditava que pessoa como ela pudesse viver no mundo da arte e acabou desistindo.
Casou-se pela primeira vez com o homem que daria o seu sobrenome e nome artístico, que manteve até aos dias de hoje, Derek Westwood.
Em 1965, influenciada pelo clima rebelde da década de 1960 decidiu divorciar-se e começar uma vida nova. É nessa época, que conhece o homem que transformaria toda a sua vida e carreira profissional, Malcolm McLaren, o jovem produtor da banda punk Sex Pistols e que, muito pouco tempo depois, se tornou no seu segundo marido.
A partir desse momento, Vivienne põe de parte a vida de uma vulgar dona de casa e, com um empurrão de Malcolm, que acreditava no poder da arte para mudar o mundo, começou a dar largas à sua criatividade na criação de roupas.
Em 1971, inspirados pelo rock original dos anos 50 abrem juntos, uma loja de roupa e acessórios, a Let it Rock, localizada no número 430 da Kings Road. Em ela, Vivienne tinha total liberdade para criar e vender as mais extravagantes roupas, visando o público marginalizado das periferias de Londres e reanimando a juventude underground dos anos 50.
A ousadia das roupas e dos objectos que vendiam na loja, levou a uma série de polémicas e enfrentamentos com a justiça, que os obrigou a mudar o nome da loja várias vezes, sendo o último e o mais conhecido, Sex. Onde as roupas ganharam ainda mais ousadia com mensagens mais explícitas e onde, chegam a vender objectos sexuais e de sadomasoquistas.
O trabalho do casal nesse momento, começa realmente a difundir-se e a ganhar popularidade e o facto de Malcolm, ser o produtor da banda punk mais influente da época, os Sex Pistols, vestidos pela estilista, ajudava bastante.
Vivienne era a estilista punk e da rebeldia. Ela mesma afirma: “na época, não me via como estilista. Procurávamos motivos de rebelião para provocar o stablishment. O resultado dessa procura foi a estética punk”.
Em 1981, coloca-se decisivamente no panorama internacional com o seu primeiro desfile em Londres, para apresentar a sua primeira colecção de roupa, “Pirates”, apresentando looks com cortes inspirados nos século XVII e XVIII; algo mais romântico e com um olhar histórico.
Em 1983, se estreia nos desfiles da Semana da Moda de Paris, e, no ano seguinte, viajou até Tóquio, onde as suas criações partilharam as passarelas com as de Calvin Klein e Gianfranco Ferré.
O seu estilo provocativo e irreverente levou-a a alcançar fama internacional, mas com o correr dos anos passou a preocupar-se mais com a alta-costura do que como estilo de rua.
Em 1987 apresentou sua primeira colecção oficial de roupa masculina, onde mostrou e explorou muito o erotismo. Nos anos seguintes continuou causando polémica, com os seus estilistas e designs.
Nunca perdeu a sua identidade e sempre se mostrou atenta aos acontecimentos do mundo lançando roupas inusitadas, como uma camiseta com a frase “Não sou terrorista, por favor, não me prenda”, feita para uma edição limitada protestando contra as duvidosas leis antiterroristas adoptadas pelo governo britânico, depois dos ataques de Londres em 2005.
Vivienne está no centro da moda britânica há mais 35 anos, influenciando gostos, pessoas e atitudes. O seu sucesso proporcionou-lhe uma retrospectiva no Museu Victoria & Albert de Londres, uma exposição com cerca de 150 peças e passagens significativas da sua vida e carreira.
Foi eleita pelo livro Chic Savages, como uma dos seis melhores estilistas do mundo, e como a estilista do ano duas vezes e aos 64 anos, ganhou o título de Lady da Rainha Elizabeth II.
Vivienne Westwood é excêntrica, provocadora e irreverente. Cria roupas com motivos políticos, críticas sociais, temas eróticos, com muito preto, vermelho, cores fortes, couro e correntes, misturando a cultura jovem com o tradicionalismo, mas sempre com um toque inusitado e rebelde.
Actualmente, continua a apresentar as suas colecções na Semana da Moda de Londres e da irreverência dos seus primeiros anos de criação, resta-lhe a contínua capacidade para inovar, o que faz de Vivienne Westwood uma das mais conceituadas e conhecidas estilistas do mundo.
References:
KELLY, Ian & WESTWOOD, Vivienne. Vivienne Westwood. Tradutor: LINZ, MARYANNE, ANFITEATRO, 2016
MULVAGH, Jane. Vivienne Westwood: An Unfashionable Life.HarperCollins UK, 2013
VERMOREL, Fred. Vivienne Westwood. The Overlook Press, 1997
WATSON, Linda. Vogue on Vivienne Westwood. Quadrille, 2013
WESTWOOD, Vivienne. Get a Life: The Diaries of Vivienne Westwood. Serpent’s Tail, 2016
WILCOX, Claire. Vivienne Westwood. Harry N. Abrams, 2005