A data exata do aparecimento das atividades de tipo secreto por parte dos maçons, em Portugal, é difícil de apontar. Sabe-se, no entanto, que já existiam no século XVIII, mais precisamente em 1733, quando o escocês Gordon visitou Lisboa e tentou, então, incrementar as atividades da maçonaria na capital portuguesa. Existiam, de facto, duas lojas na capital, sendo uma para católicos e outra para protestantes.
Contudo, o grande impulso foi dado no final do século, por altura da visita do conde de Lippe. O espírito associativo invadiu, então, os meios militares a alastrou aos sectores civis.
Seguidamente, as Invasões Francesas trouxeram consigo um surto de fervor maçónico, mais radical e de cariz político, associando-se a estas atividades nomes como Almeida Garrett ou Gomes Freire de Andrade. Nasceu, assim, o Grande Oriente Lusitano, ou seja, a primeira loja maçónica regular, aprovada em 1806.
Após um período mais conturbado, pautado pela crise, nasceu um organismo central, O Grande Oriente Lusitano, o qual, na verdade, foi impulsionado pelo Setembrismo e do qual faziam parte figuras como António José de Almeida ou Norton de Matos.
Também apareceram, entre outras, a Grande Loja de Portugal, o Grémio Português e o Grande Oriente de Portugal.
A maçonaria contribuiu, depois, para a implantação da República em Portugal em 1910, influenciando sempre a condução política republicana.
Hostilizada pelo Estado Novo, as atividades da maçonaria foram proibidas por Salazar e os seus adeptos foram perseguidos. No entanto, apesar da proibição, as atividades prosseguiram na mais rigorosa clandestinidade, tendo-se registado, porém, uma diminuição no número de afiliados.
Após o 25 de abril, as atividades regressaram à normalidade legal e foram aceites novos iniciados, incluindo mesmo mulheres.
