Apesar de a vida e os feitos de D. Fuas Roupinho permanecerem envoltos em lendas variadas, sabe-se que foi o primeiro almirante da frota portuguesa, um nobre cavaleiro ao serviço do rei D. Afonso Henriques (1109 – 1185) de quem se pensa ser, na verdade, irmão, e aio e mestre de D. Pedro Afonso.
Destacou-se, sobretudo, na tomada de Lisboa aos mouros e na defesa de Porto de Mós, de cuja praça se tornou governador por ter vencido o rei de Mérida. Defendeu a costa portuguesa do Tejo ao Mondego e, por várias vezes, atacou Ceuta, vindo a perecer numa dessas incursões, em 1180.
Referido por Luís de Camões (c. 1524 – 1580) n’ «Os Lusíadas» 1, o nome de D. Fuas Roupinho está também associado à lenda do Sítio da Nazaré, segundo a qual Nossa Senhora o teria impedido de se lançar de um precipício quando perseguia um veado, pressuposta encarnação do Demónio.
1 A referência encontra-se no canto VIII.