O que foi a Batalha de Magul
A Batalha de Magul (também conhecida como Combate de Magul) foi uma batalha travada a 8 de setembro de 1895 em Moçambique, na província de Gaza, que opôs uma força expedicionária portuguesa, comandada por Freire de Andrade, e os guerreiros tribais Ronga, liderados pelo régulo Gungunhana (Ngungunhane).
Apesar da grande desproporção no número de soldados (cerca de 6.500 homens do lado africano contra apenas 275 homens portugueses apoiados por cerca de 500 ajudantes africanos), o poder de fogo das metralhadoras e da artilharia portuguesa era enorme, fazendo com que os Ronga após apenas 2 horas de combate tivessem de desistir do ataque, deixando cerca de 400 mortos. Do lado português o número de mortos foi de apenas 5. Nesta batalha distinguiram-se Freire de Andrade, Paiva Couceiro e Sanches de Miranda.
Este episódio veio a marcar profundamente a campanha de pacificação da África Oriental Portuguesa (atual Moçambique) levada a cabo por Portugal no final do séc. XIX e início do séc. XX. Com esta vitória das tropas portuguesas, foi restabelecido o então muito abalado prestígio das tropas portuguesas, sobretudo depois da “crise” do Mapa Cor de Rosa, e intimidado os revoltosos moçambicanos, incluindo os vátuas de Gungunhana que colocavam em risco a soberania de Portugal nos territórios do sul do que é hoje Moçambique. Simultaneamente mostrou aos ingleses o empenho português naquelas terras, os quais desistiram assim da pretensão em ampliarem o território sob o seu domínio na região.
Monumento de homenagem aos mortos na Batalha de Magul