Os diferentes povos turcomanos partilham uma origem linguística, cultural, territorial comum. Actualmente a palavra turco designa o habitante da Turquia, mas de igual forma define as restantes nacionalidades de origem turcomana como sejam; os cazaques, uzbeques, azeris ou turcomanos – habitantes do Turquemenistão, de entre outros.
Pelas mais diversas migrações a partir da Euroásia, e mais concretamente da Ásia Central, os povos turcomanos expandiram-se tanto para ocidente como para o oriente. É possível encontrar turcomanos tanto na China, Sibéria, Síria, Iraque, norte do Irão, na Europa oriental, Bulgária, Ucrânia, Roménia, Kosovo, Albânia e na parte europeia da Turquia. A migração turca/turcomana para a Europa deveu-se em larga medida à expansão do Império Otomano, de ascendência turcomana.
Embora com relevo noutras regiões, essencialmente na Rússia actual, com um conjunto de províncias autónomas de cariz turcomano, a influência turcomana é mais expressiva na Turquia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Turquemenistão, países soberanos cujos residentes maritoriamente são de ascendência turca.
As migrações em massa dos povos turcos iniciaram-se no decorrer da alta idade média. Igualmente nesta época histórica começa a dar-se a expansão do Islão, os povos turcomanos ao depararem-se com esta religião convertem-se gradualmente. Embora numa escala muito menor, e pela disseminação dos turcomanos pela Euroásia, existem turcomanos judeus, cristãos e budistas.
O expoente máximo das migrações turcomanas foram os antecedentes históricos dos turcos modernos – os Otomanos, ocuparam vastas porções territoriais, na Ásia, Europa, norte de África e médio oriente.
Em termos linguísticos as línguas turcomanas são faladas como primeira língua por aproximadamente cento e noventa milhões de pessoas, e como segunda língua por vinte e cinco milhões. Os países soberanos de ascendência turcomana falam idiomas de origem turca, como o uzbeque, o cazaque, o azeri ou o turco moderno. Inicialmente a escrita e fala eram semelhantes entre os diversos povos turcomanos, mas o contacto com outras civilizações e aculturação, fez com que fossem alterados os hábitos de escrita com a adopção do alfabeto árabe, cirílico, grego, latino e escrita chinesa.
A maioria dos turcos segue a religião muçulmana sunita, os turcomanos do Azerbaijão e Irão, seguem a vertente xiita do islão. A conversão generalizada dos turcomanos ao Islão surge, da mesma forma que se deram as alterações linguísticas, com as migrações e contactos com novos povos. As migrações para espaços fora de influência islâmica originaram as minorias turcomanas judaicas, cristãs e budistas.
A estrela, a lua, o vento, o fogo, o azul representativo do céu, são fenómenos centrais da cultura e misticismo dos povos turcos. Embora sejam igualmente símbolos do Islão, a estrela e a lua já eram fulcrais para os turcomanos, mesmo antes do nascimento do Islão. Este facto provavelmente favoreceu a conversão destes povos ao Islão.
As emigrações verificadas no século XX e XXI fizeram com que milhões de turcomanos migrassem para a Europa Ocidental, Alemanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra, países nórdicos e igualmente para os Estados Unidos da América.