Por “teocracia” entende-se uma doutrina política na qual o poder é exercido por um representante da esfera religiosa.
Neste sentido, o governante pertence quase sempre à classe sacerdotal e detém em si o poder temporal e espiritual, o que lhe confere uma omnipotência absoluta. Este sistema, contudo, nunca se verificou na sua forma mais pura, nem mesmo por entre o povo hebreu.
Nos primeiros tempos, os povos eram governados por sacerdotes e por profetas. Depois, com o rei Saul e já instituída a monarquia, era o rei quem governava em nome de Deus, não sendo, portanto, uma forma de teocracia pura. Aliás, muitas vezes eleva-se ao Absolutismo.
Em Roma, com a divinização do imperador, e noutros estados em que o governante adquiria um carácter divino, como no Tibete ou no Japão, também não é correto falar em teocracia, na medida em que se reconhecia sempre a superioridade de um deus de quem o governante era simplesmente o emissário.