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A Primeira Guerra Mundial foi um conflito à escala mundial que envolveu 17 países dos cinco continentes. A maioria dos conflitos decorreram na Europa. Iniciou-se no dia 28 de julho de 1914 e terminou no dia 11 de novembro de 1918. Estima-se que em consequência da guerra morreram 10 milhões de soldados e 21 milhões ficaram feridos. Quanto a civis o número de mortos, segundo os historiadores, ronda os 13 milhões.
Para os mais atentos da época, o rebentamento da guerra não foi uma surpresa. Na Europa viviam-se momentos tensos e de grande excitação. Ao ponto de assim que soube que a guerra se tinha iniciado, instantaneamente multidões saíram para as ruas a celebrar. Patriotismo e lealdade faziam parte do vocabulário entre a população.
Viviam-se anos de imperialismo puro, com países como a Alemanha e a Inglaterra a disputarem os mercados entre si. Para os franceses, a Alemanha também era uma pedra no sapato, especialmente, depois de terem perdido a região de Alsácia-Lorena na Guerra Franco-Prussiana. O pan-germanismo e o pan-eslavismo também tiveram a sua cota parte de culpa, devido a ambição desmedida de unir vários países com culturas diferentes num só. Cada nação começou a equipar-se de armamento. A imprensa de cada país ia alimentando o ódio entre as nações. Portanto quando o arquiduque Francisco Ferdinando (herdeiro do trono austríaco) foi assassinado em Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) foi apenas a desculpa perfeita para iniciar algo que já há muito se previa.
O pontapé de saída do conflito deu-se no dia 28 de julho de 1914 com a invasão austro-húngara aos sérvios. A Alemanha invadiu a Bélgica, a França e o Luxemburgo, enquanto a Rússia apontou as armas aos alemães. O conflito começou-se a organizar em duas alianças: de um lado a Tríplice Aliança constituída pela Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália acabou por pular para a outra aliança em 1915), do outro lado a Tríplice Entente com a Rússia, França e Reino Unido.
A primeira fase do conflito caracterizou-se por movimentos rápidos. No período de agosto e novembro de 1914 aconteceram vários ataques. Na França os alemães conseguem chegar aos arredores de Paris equipados com 78 divisões com armamentos poderosos, depois de passarem pela Bélgica, país que era considerado neutro. Na mesma altura, os russos também são vencidos pelos alemães na batalha de Tannemberg e na batalha dos lagos Masurianos.
O cenário começa a mudar. Os alemães já dominavam na região noroeste da França várias áreas industriais importantes. Todavia, com a batalha de Marne o exército alemão é travado. Em resposta, os alemães tentaram uma saída em direcção ao oceano Atlântico só que encontraram pela frente os exércitos belgas na apelidada batalha de Yser. Tratava-se de uma zona bem protegida com elevado número de soldados para que os alemães não alcançassem o oceano. Sem mais recursos para mais ataques, por parte da Alemanha, termina a primeira fase da guerra.
A Frente Ocidental estagna, com um linha de trincheiras que pouco evolui até 1917. Durante esta fase, a denominada “Guerra de Trincheiras”, são construídas extensas valas em solo francês protegidas por arame farpado e sacos de areia com o objectivo de travar o avanço do inimigo. Tudo por um pedaço de território conquistado. Foi a fase mais cruel do conflito. Os soldados viviam na maioria dos casos durante meses sem higiene, sujeitos a doenças, fome etc. A água também era um problema. As trincheiras ora se enchiam com as marés ( as localizadas no litoral), ora com as chuvas que transformavam a terra em lama. Os armamentos e as munições muitas vezes danificavam-se. Havia ainda o problema dos corpos dos soldados mortos que muitas vezes eram abandonados nas trincheiras, o que atraia uma série de animais, maus cheiros e epidemias. Enquanto os homens tentavam sobreviver nas trincheiras, as mulheres eram empregadas nas indústrias bélicas.
Na Frente Oriental, os russos vencem o exército austro-húngaro, mas são forçados a recuar na Prússia Oriental e na Polónia devido ao exército alemão. Outros pontos de batalha decorrem com a entrada na guerra de países como Império Otomano (1914), Bulgária e Itália (ambas 1915) ou a Roménia (1916). Mas seria o aparecimento dos Estados Unidos da América no cenário bélico que iria determinar o seu desfecho. Numa altura em que a Alemanha era cada vez mais pressionada a recuar pelos opositores, enquanto dentro de portas acontecia uma revolução que determinaria o início da apelidada República de Weimar.
O fervor da guerra estende-se a outras disputas locais. Quatro grandes potências imperiais desaparecem (Império Otomano, Austro-Húngaro, Russo e Alemão), obrigando à reestruturação de um novo mapa europeu. Aos poucos várias nações vão-se retirando do conflito deixando os alemães cada vez mais isolados. Inevitavelmente a Alemanha acaba por ser derrotada e obrigada pelos vencidos a concordar com o Tratado de Versalhes, que seria umas das causas para o início da Segunda Guerra Mundial.