O Império Sérvio existiu no decorrer do século XIV, entre 1346 e 1371. Em 1331. Estêvão IV da Sérvia, o Poderoso, tornou-se monarca do Reino Sérvio após depor e assassinar o pai. Rapidamente implementa uma política de expansão territorial, que permitiu-lhe em aproximadamente uma década, conseguir expandir o território sérvio nos Balcãs, cobrindo aproximadamente metade desta região, e tornando o reino maior que o Búlgaro e Império Bizantino.
Face a este expansionismo sérvio e poderio na região, Estêvão autoproclamou-se imperador a 16 de Abril 1346, como governante dos sérvios e gregos, usurpando a antiga autoridade bizantina região. As constantes lutas com as mais diferenças potências islâmicas, enfraqueceram o Império, e tornaram-no vulnerável também à ascensão de novas potências cristãs como os sérvios.
De forma a legitimar a sua aspiração imperial, pouco antes havia sido criado o Patriarcado da Igreja Ortodoxa Sérvia, sem esta entidade religiosa, o Patriarcado de Constantinopla, regido pelo Imperador Bizantino, não teria legitimado a fundação do Império Sérvio.
O Código Civil, instituído por Estêvão IV, conhecido como Código Duchan foi baseado, no direito romano, bizantino e na primeira constituição sérvia, que remontava a 1219. Graças a este desenvolvimento legislativo, o Império Sérvio tornou-se das entidades governativas mais influentes e poderosas na Europa Cristã Medieval.
A economia do Império Sérvio era baseada na exploração das minas de ouro, prata e ferro e na actividade comercial, assente nas trocas entre ocidente e oriente, através das estradas construídas pelos romanos. Os bens transaccionados eram geralmente, peles, gado, vinho, madeira, ou lã.
A morte de Estêvão IV em 1355, que governava o Império com mão pesada, e subida ao trono do seu filho Estêvão V, marcou o declínio imperial. Estêvão IV, baseada a sua governação no respeito e medo que incutia na restante nobreza, não fez uma reformada administrativa que retirasse poder aos senhores feudais, ou que incorpora-se devidamente os territórios conquistados, isto minou o poder de Estêvão V. Não bastando os problemas internos, chegou da Anatólia uma nova ameaça, os Otomanos, que rapidamente conquistaram territórios sérvios e ditaram o fim desta entidade política a partir da Batalha do Kosovo.