O Império Seljúcida foi uma entidade política de inspiração islâmica sunita, que governou um vasto território entre 1037 e 1198. Originalmente eram uma tribo nómada turca, nas estepes da Ásia Central, no apogeu territorial, os seus domínios estendiam-se da Pérsia, à Palestina, à Anatólia, Síria, Iraque, Ásia Central e Cáucaso. Várias migrações no interior da Ásia colocaram os Seljúcidas em contacto com o Islão e em 985, o regente e líder da tribo, Seljuque converteu-se ao islamismo sunita.
Império Seljúcida
No decorrer do século XI migraram para o Interior da Pérsia, para a província conhecida como Coração, onde enfrentaram e derrotaram pela primeira vez a potência local, o Império Gaznévida em 1035. Nas décadas seguintes continuam a sua campanha contra os Gaznévidas, até anexarem por completo os seus territórios na Pérsia.
Ao longo desta conquista é feita uma miscigenação populacional e cultural entre seljúcidas e persas. O persa foi instituído como a língua oficial do Império Seljúcida, o que em largo medida contribuiu para o florescimento da cultura turco-persa.
Após a conquista da Pérsia, começaram a expansão para o Cáucaso e Anatólia, territórios pertencentes ao Império Bizantino, até o final do século XI, a Anatólia era controlada pelo Império Seljúcida, e fundado o Sultanato de Rum na região. A sul expandiram os domínios para territórios do Califado Fatímida, com a conquista de territórios em Israel e na Palestina.
Durante grande parte do século XII foram mantidos os territórios, mas começou a verificar-se uma fragmentação do poder e a formação de pequenos estados independentes no seio do Império. A expansão do Império Corásmio no fim do século XII ditou o fim do Império Seljúcida, mas não o fim dos Seljúcidas, que mantiveram alguns estados na Anatólia, pelo menos até às invasões mongóis na segunda metade do século XIII.
Os Seljúcidas foram responsáveis pela construção de mesquitas, universidades, hospitais, estradas e procuraram proteger e difundir o conhecimento científico. Foram o primeiro Império de ascendência turca a fixar-se na Anatólia, e essenciais para a criação da cultura turco-persa.
