Eduardo, o Confessor

Eduardo, de cognome o Confessor, foi o penúltimo Rei de origem anglo-saxónica a governar Inglaterra. A sua morte provocou uma forte disputa pelo trono inglês.

Eduardo, o Confessor

Eduardo, o Confessor

Eduardo, o confessor, nasceu em 1003, em dia que a historiografia ainda não conseguiu descodificar, morrer no dia 5 de Janeiro de 1066 no palácio de Westminster. Filho de Etelredo II de Inglaterra e Ema da Normandia.

A ligação familiar estabelecida a partir do seu lado materno marcou, de forma preponderante a sua vida, e o curso do Reino inglês. Com a invasão viking de 1013, liderada por Sueno I, Rei da Dinamarca, Etelredo foi derrotado e viu-se obrigado ao exílio no Ducado da Normandia, juntamente com a sua família.

Eduardo fica exilado na Normandia até 1041, ano em que regressa à corte inglesa a convite do seu meio-irmão, Canuto III, Rei de Inglaterra. A 8 de Junho de 1042 Canuto morre, possivelmente envenenado – entra em convulsões durante um banquete. A morte de Canuto colocou um ponto final ao domínio dinamarquês sobre o Reino inglês que se mantinha desde a invasão de 1013. Eduardo sobe ao trono, com a coroação a 3 de Abril de 1043.

A Inglaterra do século XI possuía uma dinâmica politica muito própria, era necessário atender e conciliar os interesses, de anglo-saxões e vikings. Eduardo, o Confessor, pelo período exilado na Normandia estava profundamente influenciado pelos interesses normandos. Num reinado maioritariamente gerido por nobres anglo-saxões e dinamarqueses, o favorecimento dado a nobres normandos não foi bem visto no Reino. De forma a controlar o descontentamento, Eduardo casa com uma nobre anglo-saxónica Edite de Wessex em 1045.

O reinado de Eduardo ficou marcado por alguma instabilidade interna, como a revolta na Nortúmbria em 1065, pelo controlo mais agressivo das fronteiras com o Pais de Gales e Escócia. Em termos económicos houve algum crescimento e estabilidade financeira.

Algo que viria a marcar o seu legado, foi o facto do casamento com Edite não ter gerado filhos, por mútuo acordo mantiveram-se castos.

Com a morte de Eduardo em 1066, surgem três pretendentes ao trono. Haroldo, coroado pelas cortes logo após a morte de Eduardo, Haroldo Hardrada, e Guilherme Duque da Normandia, primo de Eduardo, e que baseava a sua pretensão numa supostamente promessa que lhe teria sido feito por Eduardo, como sendo seu sucessor.

Duas batalhas marcaram a luta pela sucessão e o rumo da história do reino inglês. A batalha de Stamford Bridge, em que Haroldo Hardrada é morto e derrotado por Haroldo, e a batalha de Hastings, onde Haroldo é morte e derrotado por Guilherme.

O legado de Eduardo, o Confessor, ficou amplamente marcado pela forma como o exílio na Normandia o influenciou, provocante o fim da governação anglo-saxónica de Inglaterra e o início da normanda.

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References:

POWER, Daniel; The Central Middle Ages. Short Oxford History of Europe, Oxford University Press, 2006

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