Contextualização do Dracar:
O Dracar era a embarcação utilizada pelos Vikings nas suas explorações marítimas, saque e conquista de territórios. Dracar ou Drakkar é uma denominação recente para este tipo de navio, provavelmente do século XIX a partir da palavra sueca drakar (dragão).
Na época Viking era conhecido como navio longo, em dinamarquês langskib, em sueco långskepp e em norueguês langskip.
As principais características deste tipo de navios era a sua flexibilidade, maneabilidade e capacidade de navegar tanto em águas profundas como rasas. Esta última característica foi fundamental para o estabelecimento da Era Viking.
Com o Dracar conseguiam navegar tanto em mar alto como em rios. A generalidade das cidades saqueadas ou conquistadas pelos Vikings situavam-se próximo a cursos de água. Com uma embarcação que navegava tanto em mar como em rio era fácil apanhar os alvos desprevenidos.
O comprimento do Dracar variava entre os 20 e 40 metros, salvo raras excepções a sua largura máxima era de três metros e comportava 36 pares de remos. A versatilidade provavelmente é a melhor palavra para descrever este tipo de embarcações que transportavam passageiros, mercadorias e soldados.
Uma das características mais distintivas do Dracar era a cabeça de serpente marinha posicionada da proa. Era utilizada tanto a força humana (remos) como o vento (velas) na deslocação do navio. Na popa existia um lugar para o piloto – responsável pelo leme e manobra do barco.
Como não existiam espaços interiores de armazenamento os bem transportados como armas, escudos ou mercadorias, ficavam junto aos tripulantes que aglomeravam-se no interior exposto do Dracar.
Graças ao uso deste tipo de embarcações os Vikings navegaram os rios do leste europeu atingindo as cidades de Constantinopla e Kiev. No mar atingiram a Gronelândia, América do Norte e Mar Mediterrâneo.
References:
COHAT, Yves; Os Vikings, Reis dos Mares; Livraria Civilização Editora; 1992.