Francesco Totti nasceu a 27 de Setembro de 1976, é visto como um dos últimos “one man club” na história do futebol. Ao longo da carreira apenas vestiu duas camisolas, da AS Roma e da selecção de Itália. Jogava a avançado e é um dos melhores jogadores italianos de sempre, retirou-se em 2017, após 28 anos ao serviço da sua Roma.
“Il Capitano”, “Il Gladiatore”, L´Ottavo Re di Roma, são apenas alguns dos nomes dados a Franceso Totti por toda a sua dedicação e talento oferecidos à Roma. Totti cresceu no bairro romano de Porta Metronia, e começou a jogar futebol nos clubes locais aos 8 anos de idade, até ir para a Roma aos 13 anos, de onde só viria a sair com 41. A importância de Totti para Roma, não só para o clube, como também para a cidade é visível nas declarações do ex-treinador do clube, Rudi Garcia, “Em Roma não sei quem é mais importante, se Totti ou o Papa”.
Após o período de formação na academia do clube romano, Totti estreou-se pela equipa principal com apenas dezasseis anos, pela mão do treinador Vujadin Boskov, que o lançou numa partida a contar para a Serie A frente ao Brescia, era o primeiro de um total de 785 jogos oficiais pelos romanos, que faz dele o jogador com mais jogos na história do clube. Estávamos na temporada 92/93 e Totti apenas jogara mais uma vez, com a nova temporada, veio um novo treinador, Carlo Mazzone, que começou a apostar no jogador com mais regularidade. Mazzone esteve no clube até 1996, quando foi substituído por Carlos Bianchi, que viria a tornar-se num pesadelo para Totti. Bianchi não confiava nas capacidades do na altura jovem jogador e sugeriu o seu empréstimo à Sampdória, que só não aconteceu, devido à intervenção do presidente dos romanos, Franco Sensi, que vetou a transferência e acabou por despedir o treinador, dando o lugar Zdenek Zeman.
Com o novo treinador veio também novo número, Totti assume a camisola 10 e um lugar indiscutível no 11 dos giallorossi. Com boas exibições e golos começou a ganhar cada vez mais atenção por parte dos amantes do desporto. Em 1998 e, após ser considerado futebolista jovem do ano da serie A, é pela primeira vez convocado à selecção italiana pelo então seleccionador, Dino Zoff. O ano de 1998 fica ainda marcado na vida de Totti como o ano em que é eleito capitão da Roma, com apenas 22 anos, tornava-se no mais jovem capitão da serie A. Foi já como capitão que em 1999 viu Zdenek Zeman ser despedido, dando o lugar a Fabio Capello, seria com esta mudança que Totti iria dar um salto competitivo a todos os níveis.
Com Capello no banco e com uma equipa com Batistuta, Montella, Cafú e claro está, Totti, a Roma regressa ao topo do futebol italiano, sagrando-se campeã nacional em 2001, dezassete anos depois do último scudetto, ao título de campeão juntou-se a supertaça de Itália meses depois, com as boas exibições, Totti juntava finalmente os títulos o que o levava a ser considerado unanimemente um dos melhores do mundo. Ao serviço da Itália as boas prestações também eram constantes, com uma presença na final do euro 2000 e uma eliminação polémica no mundial 2002 aos pés da Coreia do Sul. No entanto, 2004 viria a ser um ano difícil para Totti, a Itália é eliminada precocemente no europeu e a relação do jogador com a imprensa não era a melhor, ao mesmo tempo em Espanha, o Real Madrid construía a equipa dos galácticos e acenava com muitos milhões para levar o craque italiano, a saída esteve muito próxima, mas o amor à sua Roma e o medo de não ser figura principal em Madrid, levaram-no a ficar no seu clube de sempre.
Com a saída para Madrid caída por terra, começava-se a formar a ideia de uma carreira toda dedicada à Roma e foi o que aconteceu, Totti manteve-se no clube até se retirar dos relvados em 2017, até lá ganhou apenas mais duas taças de Itália. Mas o título mais importante estava guardado para ser com a camisola da Itália, no mundial 2006 da Alemanha, a squadra azzurra bateu a França nos penalties, sagrando-se campeão mundial pela quarta vez. Ao serviço da sua selecção transalpina, Totti somou um total de 58 jogos, apontando 9 golos.