Fórmula Um é a competição mais conhecida e mais avançada de todo o desporto motorizado que se realiza desde 1950, sendo Lewis Hamilton o campeão em título.
A disputa de Grandes Prémios vem do início do século XX mas a congregação dos vários Grandes Prémios numa só competição apenas começou em 1950 quando a Federação Internacional do Automóvel decidiu criar esta competição juntando seis Grandes Prémios na Europa e a prova das 500 milhas de Indianápolis com as melhores marcas de carro na altura. Relativamente aos circuitos onde se realizam as provas, inicialmente começaram por sete provas mas actualmente está globalizado com um total de 21 grandes prémios, existindo provas realizadas em circuito próprio para o efeito ou circuito urbano que são atribuídas mediante uma avaliação das condições de cada autódromo ou pista que têm que estar em conformidade com as melhores condições para albergar o evento. O sistema de pontos tem variado ao longo dos anos que contribui para atribuir um campeão mundial de pilotos e de construtores, sendo que actualmente o vencedor de cada Grande Prémio tem 25 pontos, 18 pontos para o segundo classificado, 15 pontos para o terceiro classificado, 12 pontos para o quarto classificado e de dois em dois pontos até ao décimo classificado que tem um ponto. Cada piloto para chegar à Fórmula Um tem de obter uma Super Licença que é o maior tipo de licença de condução atribuída pela Federação Internacional de Automóvel e as construtoras têm de preencher um conjunto de requisitos financeiros e técnicos para estar presentes numa temporada completa de Fórmula Um. Cada equipa, compete com dois pilotos em cada temporada, existindo mais um para os testes ou para os treinos livres. Para participar, os carros têm de obedecer a um conjunto de critérios definidos no início de época, sendo os carros mais rápidos de toda a competição motorizada em que se pode atingir velocidades de 330 quilómetros por hora, estando cada vez mais rápida sobretudo, devido à utilização da tecnologia de ponta com cada vez mais pessoal técnico com maiores qualificações neste âmbito e maior incidência nos detalhes e nas inovações. O crescimento exponencial da Fórmula 1 deveu-se não só à qualidade dos carros e da mestria dos pilotos mas à competitividade que existia e, sobretudo, à transmissão televisiva que criou uma ligação de afectividade às pessoas alargando os horizontes da Europa para outras paragens, estando neste momento presente por todo o mundo, conseguindo atingir números na ordem superior dos 400 milhões de pessoas que visualizam Fórmula Um durante uma época. São números apetecíveis para qualquer empresa e em Setembro de 2016 verificou-se a compra dos direitos televisivos na ordem dos 4 biliões de dólares americanos.
Vamos falar de alguns pilotos e construtores que marcaram gerações pela disputa da Fórmula Um. Giuseppe Farina dirigindo um Alfa Romeo foi o primeiro nome a constar da lista de campeões mundiais no ano de 1950, sendo que o primeiro dos grandes nomes da Fórmula Um foi o argentino Juan Manuel Fangio que sagrou-se campeão mundial nos anos seguintes, em 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957 e desta forma marcou os primeiros anos desta competição, sendo a principal figura. Alfa Romeo, Ferrari e Mercedes tinham bons carros mas só a partir de 1958 é que houve classificação de construtores, tendo sido ganho pela inglesa Vanwall. A partir dos anos 60, houve uma mudança significativa na Fórmula Um. No que toca aos carros, existiam grandes desenvolvimentos na aerodinâmica, a indústria dos pneus respondia com produto mais largo e maior rendimento e o crescimento de público levou, também, ao aparecimento dos primeiros patrocínios fora do ambiente motorizado. Os construtores e pilotos britânicos dominaram esta fase, através da Cooper e da Lotus nas marcas e Graham Hill e Jim Clark nos pilotos. Este último viria a falecer em 1968, iniciando-se uma encruzilhada pela maior segurança dos carros, tema sempre em voga neste desporto. Não convém esquecer Jack Brabham, triplo campeão mundial de pilotos e tendo sido campeão de construtores, em 1966 e 1967, quando construiu o seu próprio carro, algo único até agora. Jackie Stewart e Emerson Fittipaldi partilharam títulos mundiais nos finais de 60 e inícios de 70, altura em que, também, surgiu o austríaco Niki Lauda com os seus dois títulos mundiais. Nessa altura, não havia concorrência para o motor Ford que estava presente em campeões do mundo entre 1968 e 1982, à excepção de três anos ganhos pela Ferrari. Mas nessa altura, estava a ocorrer uma transformação maior e tinha um nome por detrás: Bernie Ecclestone. Começou por comprar a equipa de Brabham, depois liderou a Associação de Equipas britânicas para controlar as negociações junto dos organizadores que detinham a hegemonia comercial na Fórmula Um. Assim sendo, desde 1979 até aos dias de hoje, é o dono e senhor da administração dos direitos televisivos e que fez catapultar a Fórmula Um como número dos desportos motorizados. E nos anos 80, o crescimento da Fórmula Um não parava, com vários desenvolvimentos tecnológicos nos carros, com pilotos mais eficazes e com uma competitividade cada vez maior que garantia cada vez mais um retorno financeiro. Piquet foi campeão mundial por três ocasiões nos anos 80, mas foi a disputa de Prost e Senna nos finais dos anos 80 e início dos anos 90 que catapultou a Fórmula Um para um nível nunca antes conseguido. O francês Prost foi quatro vezes campeão mundial enquanto o brasileiro Senna conquistou três edições até ter falecido no Grande Prémio de São Marino em 1994, num fim-de-semana trágico em que já tinha falecido outro piloto na qualificação. Nesse ano apareceria como vencedor aquele que mais vezes se sagrou campeão mundial, Michael Schumacher, num total de sete ocasiões (1994. 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004) ajudando a Ferrari a chegar à supremacia de títulos que neste momento ainda evidencia apesar de já não vencer há 10 anos. Depois de Schumacher, surgiram três grandes nomes: o espanhol Fernando Alonso levando a Renault a dois títulos inéditos, o britânico Lewis Hamilton, triplo campeão mundial com motores da Mercedes e o alemão Sebastien Vettel que dominou entre 2010 e 2013, com os seus quatro títulos mundiais com a equipa patrocinada pela marca de bebidas energéticas Red Bull.