Erik Zabel foi um ex-sprinter do pelotão internacional dos melhores na década de 90 e que se diferenciou dos restantes, face às seis conquistas da camisola da regularidade na Volta a França.
Nascido a 7 de Julho de 1970, em Berlim, Erik Zabel é filho de um ex-ciclista e por isso, cedo se percebeu que tinha potencialidades para prosseguir a mesma via do pai, Detlef Zabel. Assim sendo, nas camadas jovens conseguiu marcar o seu território, primeiro, na pista e, posteriormente, na estrada, com algumas vitórias e classificações da regularidade conquistadas. Soltou para a ribalta, sendo quarto classificado e melhor do pelotão na prova de fundo dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Garantiu-lhe um lugar no profissionalismo e na melhor equipa alemã da altura, a Team Telekom para o ano de 1993, onde já teve algumas vitórias, sendo de destacar a etapa no Tirreno-Adriático. Em 1994, o ano foi de luzes e de sombras. A parte melhor foram as sucessivas vitórias, entre as quais, a primeira numa clássica, o Paris-Tours, além da estreia no Tour sendo que a pior parte foi o controlo anti-doping positivo numa das provas que não levou à suspensão do germânico. A sua capacidade de “sprintar” rápido aliada à vantagem que tinha para passar as montanhas sobre outros “sprinters” mais pesados, fazia dele um atleta mais versátil e com mais possibilidade de vitórias em etapas. E isso começou por se notar em 1995, sobretudo, no Tour onde teve as primeiras vitórias. Depois de uma época com seis vitórias, chegava à 2ª participação na prova, com melhores ambições, relativamente a vitórias em etapas. E tratou de conquistar duas etapas nessa edição mas viriam mais em edições seguintes. Passava a ser o principal objectivo do atleta e, sobretudo, da equipa. No ano de 1996, Erik Zabel triunfa em duas etapas, alcançando a vitória na classificação da regularidade no final. Em 1997, foi a confirmação das qualidades do germânico. Venceu um dos monumentos, a Milão-São Remo, no início de época que já contava com algumas vitórias importantes, como a classificação geral da Volta a Andaluzia. Mais tarde no Tour, conquistava, pela segunda vez, a classificação da regularidade, tendo as três etapas ganhas contribuído para esse efeito. No ano seguinte, sagra-se campeão nacional na prova de fundo, conquista pela segunda vez, a Milão-São Remo e no Tour leva a camisola verde, símbolo da classificação da regularidade no Tour, pela terceira edição consecutiva, ainda que sem qualquer etapa conquistada. Em 1999, chegou a quarta vitória consecutiva na classificação da regularidade no Tour, sem triunfar em qualquer etapa. Fruto da pressão da equipa, Erik Zabel não conseguia tantas vitórias em etapas no Tour porque em algumas etapas de montanha tinha que saltar para as fugas ou sprintar nas metas volantes para garantir mais pontos, de forma a conseguir chegar à vitória na classificação da regularidade mais depressa. Esta versatilidade e demonstração da capacidade do atleta na montanha, vê-se pelo triunfo do germânico nas clássicas em 2000, tendo ganho, mais uma vez, a Milão-São Remo e a Amstel Gold Race. Isso ajudou o atleta a conquistar o primeiro lugar no ranking da Taça do Mundo. Nesse ano, voltou às vitórias de etapa no Tour, tendo ganho a penúltima etapa. Em 2001, conseguia o seu melhor ano, sendo considerado o número um no ranking mundial. Para isso contribuiu a vitória na Milão-São Remo, a quarta do seu cômputo, e as três etapas ganhas e a classificação da regularidade no Tour, três etapas da Volta a Espanha e conquistou a clássica alemã, Hew Cyclassics Hamburg. No ano seguinte, voltava a ser o melhor ciclista do ano segundo o ranking mundial, embora com menor número de vitórias ao longo de todo o ano e sendo conquistas menos importantes do que as do ano anterior. Como no ano anterior, corre no Tour e na Vuelta, sendo que na prova francesa conquista uma etapa e na Vuelta ganha a classificação da regularidade sem vitórias de etapas na ronda espanhola. Em 2003, sagra-se, novamente, campeão da Alemanha não tendo aproveitado a boa forma para vitórias no Tour. Redimiu-se na Vuelta com duas etapas e a classificação da regularidade, depois de já ter ganho a clássica Paris-Tours. Em 2004, Erik Zabel começava a saga dos segundos lugares. Como por exemplo, nos Mundiais desse ano. Ainda assim, conseguiu algumas vitórias, entre as quais, a classificação da regularidade. No ano de 2005, muda de estratégia. Corre duas grandes voltas na mesma, mas vai ao Giro e ao Tour. Sem vitórias em qualquer das corridas, triunfa no Paris-Tours, mais uma vez. No ano seguinte, muda de equipa para a Milram, onde teve por três épocas até ao término da carreira. Nestes últimos anos, as suas melhoras vitórias foram na Volta a Espanha, com três triunfos de etapa. Em 2007, admite ter recorrido ao doping no período de 1996 a 2004, enquanto estava na Team Telekom num contexto de um sistema de doping generalizado dentro da equipa. Em 2008, foi o seu último ano de carreira.