Virenque, Richard

Richard Virenque foi um dos melhores trepadores franceses de sempre, tendo conquistado a classificação da montanha na Volta a França por sete edições.

Biografia de Richard Virenque

Richard Virenque foi um dos melhores trepadores franceses de sempre, tendo conquistado a classificação da montanha na Volta a França por sete edições. O ciclista foi uma das maiores esperanças do ciclismo gaulês em revalidar os títulos de Bernard Hinault e Laurent Fignon na Volta a França, eles que foram os últimos franceses a conquistar a prova. Teve uma carreira antes do caso de doping “Festina” e outra depois da suspensão que teve que cumprir fruto da acusação da utilização de substâncias dopantes.

Apesar de ser de nacionalidade francesa, o atleta nasceu em Casablanca, Marrocos a 19 de Novembro de 1969. As boas prestações nos escalões jovens fizeram-no como um dos principais ciclistas franceses do futuro e sendo requisitado por várias equipas., contudo, foi a R.M.O. que levou a melhor e Richard Virenque começava no ciclismo profissional no ano de 1991. No ano de estreia, tem alguns resultados interessantes mas sem vitórias, assim como em 1992, embora neste ano, já tenho corrido a Volta a França pela primeira vez. Desde logo, mostra o seu talento e a sua qualidade conjugado com uma atitude agressiva de corrida, não fazendo gestão do esforço e mostrando a sua força. Depois de um Prólogo fraco e acabar a primeira etapa dentro dos dez primeiros, na segunda etapa pôs-se ao ataque e conseguiu vestir a camisola amarela ao terceiro dia de prova na sua estreia. Tudo isto com 22 anos. Não se podia esperar melhor. Durou apenas um dia mas serviu para começar a mostrar ao que vinha. Terminava no 25º posto e com algumas boas exibições. No ano seguinte, já era conhecido do pelotão e não lhe deu rédea solta para poder lutar por etapas. Nas etapas de montanha andou com os da frente, finalizando algumas dentro dos dez primeiros mas perdeu muito tempo nos contra-relógios, o que impossibilitou um melhor resultado. Terminou dentro dos vinte primeiros. Nesse ano, já tinha vencido a primeira etapa do Tour de Limousin, acabando em segundo da geral individual. Tinha sido contratado pela Festina, pela qual tinha conseguido o seu primeiro triunfo profissional. Mas em 1994, a progressão seria maior. Na preparação para o Tour, vence uma etapa no Route du Sud que termina em segundo da geral e por isso chega motivado à Volta a França. É a primeira grande demonstração de força do ciclista gaulês na prova, ao vencer uma etapa com chegada a Luz Ardiden e a classificação da montanha pela primeira vez. Na geral, termina no quinto posto, como segundo melhor jovem. No final desse ano, consegue uma medalha de bronze para a França, ao terminar a prova de fundo dos campeonatos mundiais no terceiro lugar. Chegava, por isso, a 1995, com maior responsabilidade. 2 etapas ganhas no Dauphine Libere fizeram-no chegar à Volta a França com o mesmo objectivo do ano anterior que foi atingido. Nova vitória de etapa com chegada em alto, a Cauterets, e pela segunda vez consecutiva conquistava a classificação da montanha. Além do Tour, correu a Volta a Espanha que terminara no quinto posto da geral. O ano de 1996 repetiu a receita de sucesso de anos anteriores e os bons resultados continuaram. Venceu uma etapa no Dauphine Libere e na Volta a França teve exibições muito boas na alta montanha, o que lhe permitiu chegar ao terceiro triunfo consecutivo na classificação da montanha e ao terceiro lugar na geral da prova, melhor resultado obtido pelo francês. No ano seguinte, o objectivo mantinha-se intacto e o francês chegava melhor que nunca à prova francesa. Mais uma etapa conquistada na prova, em Courchevel, a quarta conquista consecutiva da classificação da montanha e o segundo lugar na prova, apenas atrás de Jan Ullrich. Em 1998, chegaria o inferno. No que diz respeito às suas capacidades estava melhor que nunca e a vitória numa etapa do Dauphine Libere comprovava que chegava ao Tour com boas pernas. Contudo, no decorrer da prova, rebentou o caso “Festina”, tendo sido a sua equipa sido excluída da prova por acusações relacionadas com o uso de doping sistematizado dentro da formação. Com todo este problema, mudaria de equipa passando para a Polti em 1999, ele que nesta altura ainda não se tinha confessado quanto ao uso de doping. Venceu uma etapa na Volta a Itália e na Volta a França, conquista, mais uma vez, a classificação da montanha. Terminaria o Tour dentro dos dez primeiros, tal como aconteceu em 2000, ano em  que confessou o uso de doping e encarou um ano de suspensão. Em 2001, a equipa Domo Farm Frites acolhe o francês para a segunda metade dessa época, na qual ainda corre a Volta a Espanha sem grandes resultados e conquista o Paris-Tours. No ano seguinte, voltaria ao Tour de França e às vitórias de etapa, conquistando uma das mais míticas etapas, o Mont Ventoux. Em 2003, pela Quick Step-Davitamon, conquista a classificação da montanha, isto depois de conquistar uma etapa em Morzine, deixando a classificação geral para um segundo plano. No seu último ano de carreira, voltaria a repetir o feito do ano anterior, ao triunfar em Saint-Flour e a sétima conquista na classificação da montanha. Terminou a carreira mas continuou a sua ligação ao ciclismo, ao ficar como comentador de ciclismo na cadeia de televisão da Eurosport.

612 Visualizações 1 Total
612 Visualizações

A Knoow é uma enciclopédia colaborativa e em permamente adaptação e melhoria. Se detetou alguma falha em algum dos nossos verbetes, pedimos que nos informe para o mail geral@knoow.net para que possamos verificar. Ajude-nos a melhorar.