Sagan, Peter

O melhor ciclista eslovaco de sempre é um dos atletas mais mediáticos do desporto das duas rodas, juntando controvérsia ao titulo de campeão mundial.

Biografia de Peter Sagan

Peter Sagan nasceu em Zilina a 26 de Janeiro de 1990, um ciclista que veio revolucionar as lides do desporto, sobretudo, pelo seu carácter rebelde, atrevido, ambicioso e que lhe trouxe muita responsabilidade face às muitas vitórias conquistadas desde cedo e que o levou à conquista do campeonato mundial no ano passado, em Richmond (Estados Unidos). A Liquigás foi busca-lo para a sua equipa apenas com 19 anos, fruto de boas exibições ainda enquanto júnior e em 2010 faz a sua primeira corrida no World Tour, na Austrália. Pouco depois, em terras francesas já dominava a corrida e saltava para a ribalta. Venceu duas etapas no Paris-Nice. Na Volta a Romândia, repete vitória de etapa e boas exibições e na Volta ao Califórnia, vai lá pela primeira vez e vence duas etapas, naquela que viria a ser a sua corrida “fetiche”. Até final da época participou, sobretudo, em clássicas onde acumulou várias posições dentro dos dez primeiros. Em 2011, começa o ano a dominar no Giro da Sardenha, vencendo a geral e 3 etapas. Mais uma vitória na Califórnia e duas na Volta a Suíça. Sagra-se campeão nacional na prova de fundo e conquista, pela primeira vez, uma classificação geral no World Tour, no caso, a Volta a Polónia, com 2 etapas conseguidas. É convocado para ir a Volta a Espanha e 3 etapas ganhas depois, confirma-se como uma das figuras do pelotão internacional. E com 21 anos, apenas.

Em 2012 e 2013 viriam os melhores anos do ciclista no pelotão, tendo em conta, o número de vitórias. 5 etapas na Volta a Califórnia, 4 etapas na Volta a Suíça e, na primeira vez, na Volta a França conquista três etapas e classificação dos pontos. Tem mais 4 vitórias nesse ano, incluindo nesse lote, revalidação do título de campeão nacional. No ano seguinte, a equipa muda de patrocinador principal e passa a chamar-se Cannnondale mas trata-se do ano com mais vitórias de Peter Sagan. 2 triunfos de etapa na Volta a Omã, no Tirreno-Adriático, na Volta a Califórnia e na Volta a Suíça. Na temporada de clássicas, apresentou-se muito forte, tendo ganho a Gent Wevelgem e a Fleche Brabançone e terminou como 2º classificado na Milão-São Remo, Tour de Flandres e na E3 Prijs Harelbeke. Aliás, existe uma história que mostra o carácter de Peter Sagan. Ao ter ficado em 2º na Volta a Flandres, subiu ao pódio e apesar de não ter vencido, as atenções centraram-se nele porque o jovem ciclista apalpou uma das meninas do pódio, gerando controvérsia. Deram mais valor ao acto de Peter Sagan do que à vitória de Fabian Cancellara nessa mesma prova. Na Fleche Brabançone, o ciclista pediu desculpas à mulher antes de se iniciar a corrida, isto porque fazia parte da mesma organização de corridas. No caminho para o Tour, 3ª vitória seguida nos nacionais eslovacos e na prova francesa teve apenas uma vitória de etapa, ganhando a classificação da regularidade novamente. Respondendo a interesses comerciais do principal patrocinador, o final da época do ciclista é corrida por terras da América do Norte, onde conquista 4 etapas no US Pro Challenge e 3 parciais no Tour de Alberta. O GP Montreal foi a última vitória do ano de 2013 para o eslovaco.

2014 foi o último ano que o ciclista esteve presente na Cannondale. O ponto de divergência era a pressão que lhe era colocada para atingir determinados objetivos que o ciclista não concordava na totalidade, assim como determinado calendário que lhe era imposto. Devido a esta situação, o atleta esteve presente em mais corridas importantes e onde quer que corresse, tinha obrigação de marcar posição, o que conseguia quase sempre, mas criava um sentimento de frustração cada vez maior. Ficou mais vezes como segundo classificado do que vencedor e, mesmo assim, venceu por sete vezes. Estreou-se nos 3 dias de la Panne com vitória numa das etapas mas repetiu em Omã, Tirreno, E3 Prijs, Califórnia, Suiça e nos campeonatos nacionais. Em 2015, na Tinkoff, viveu o mesmo estigma da falta de vitórias e da pressão colocada pelo director da equipa, mas foi respondendo com boas exibições e com triunfos em terrenos conhecidos. Começou por triunfar no Tirreno-Adriático, depois de alguns segundos lugares. Na Califórnia estava a acontecer o mesmo. Ficou em 2º nas três primeiras etapas da prova, mas inverteu esse estigma reinventando-se. Conquistou 2 etapas, uma delas tratando-se de um contra-relógio e após uma exibição de qualidade na alta montanha da prova, consegue vencer a classificação geral na última etapa da prova. Na Volta a Suíça, duas vitórias de etapas e mais dois segundos lugares noutras tantas etapas e na Volta a França, Peter Sagan faz das melhores exibições sem ter o resultado desejado. Teve presente em inúmeras fugas em etapas de montanha, assim como terminou por cinco ocasiões no segundo lugar e foram dez presenças nos 5 primeiros de todas as etapas da Volta a França. Ganhou a classificação da regularidade mas ficou a sensação de que poderia ter conseguido mais depois do que conseguiu nesta edição. Mas o melhor estava para chegar. Depois de uma etapa na Volta a Espanha e mais alguma rodagem para chegar em forma aos Mundiais, nos Estados Unidos, consegue chegar ao titulo mundial, com um ataque na parte final da prova, que demonstrou a enorme capacidade atlética deste ciclista para este tipo de competição. Em Novembro, aproveitou a falta de competição para se juntar ao grupo dos casados.

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