Biografia de Joaquim Rodriguez
Um dos ciclistas mais talentosos e dos mais amados pelo público. Ciclista de sucessos e de insucessos, alguns difíceis de digerir nas provas de três semanas. Deverá acabar a carreira na Katusha onde se encontra pelo 7º ano consecutivo, depois de ter iniciado o profissionalismo na Once-Eroski e de passagens na Saunier Duval e Caisse d´Epargne, atual Movistar.
O ciclista catalão começou a sua aventura profissional na Once-Eroski, dirigido por Manolo Saiz e desde logo, mostrou que a sua principal qualidade eram as subidas, isto porque venceu uma clássica, a Escalada a Montjuic. Teve um 2002, com resultados um pouco aquém e em 2003 desponta vence uma etapa no Paris-Nice e, também, na Volta a Espanha, onde chegou a ser líder por pouco tempo. Por não ter assegurado que seria figura de primeira linha na equipa, sai e em 2004 passa para a Saunier Duval, onde venceria a Semana Catalã e no ano seguinte, ganha a classificação da montanha na Volta a Espanha e a Subida a Urkiola.
Deu-lhe notoriedade e, por isso, Eusebio Unzue contrata-o para a sua equipa, a Caisse d´Epargne. Em 2006, repete vitória em etapa no Paris-Nice e em 2007 faz uma época bastante regular com várias presenças nos dez primeiros nas provas onde participou e chega à vitória na prova de fundo dos campeonatos nacionais. E isso funcionou como um “click” para voos mais altos. E nos anos seguintes de 2008 e 2009, vai à Volta a Espanha e consegue dois lugares nos dez primeiros, assim como consegue vitória de etapa em cada ano na corrida italiana Tirreno-Adriático. Vai aos mundiais pela selecção espanhola e acaba com medalha de bronze na edição de 2009 e leva-o em busca de horizontes mais elevados. E isso significa mudar novamente de equipa, desta feita, para a Katusha.
Uma equipa russa com poderio financeiro e que lhe garantia calendário e condições de líder. E é esta confiança que faz com que “Purito” Rodriguez, como é tratado no seio do pelotão, consiga os seus melhores resultados na sua carreira. Em 2010, venceu a corrida natal, a Volta a Catalunha, o GP Miguel Indurain, termina em 3º na Volta ao Pais Basco, depois de conquistar uma etapa e quase que vence uma das clássicas das Ardenas, a Fleche Wallone, ficando-se pelo 2º posto. Correu pela primeira vez no Tour e acaba por vencer uma etapa e terminar no 6º lugar da geral e não termina o ano sem vencer outra etapa e um 4º posto final na Vuelta. Em 2011, trata de fazer novamente duas grandes voltas, o Giro e a Vuelta, mas o destaque nesse vai para os dois segundos lugares na Amstel Gold Race e Fleche Wallone, clássicas importantes no circuito internacional. Termina o Giro na 4ª posição, aproveita a boa rodagem da prova italiana e conquista duas etapas no Criterium Dauphine e depois de vencer a Volta a Burgos, chega à Volta a Espanha onde vence duas etapas, mas defrauda expectativas no que toca à classificação geral.
No ano de 2012, ganha etapas na Tirreno-Adriático e Volta ao Pais Basco (termina 2º na classificação geral) e vence a Fleche Wallone pela primeira vez. Apontado como um dos principais favoritos, chega ao Giro motivado e confirma as previsões, veste a camisola de liderança durante ainda a segunda semana de prova mas no último dia existia um contra-relógio, onde o ciclista catalão mostra debilidades. E assim perdeu a corrida italiana no último dia para Ryder Hesjedal. E na Volta a Espanha, a história repetiu-se. Apresenta-se em grande forma, vence 3 etapas, mostra um domínio avassalador e quando se esperava que fosse ele o vencedor da prova, Alberto Contador e a equipa montam uma táctica para assaltar a liderança que deu resultado e nem Rodriguez nem a equipa conseguiu contrariar. Resta-lhe como consolo no final da época, o triunfo numa das clássicas mais duras, Il Lombardia ou Giro da Lombardia.
A senda das vitórias continuou em 2013. Vitória em etapa em Omã, na Tirreno-Adriático, na Volta a Espanha e pelo segundo ano consecutivo, na Lombardia. Além das vitórias, Rodriguez teve resultados de destaque. 2º na Liege-Bastogne-Liege, 3º na Volta a França e 2º nos Mundiais de Florença, atrás do português Rui Costa. Volta a vencer a geral da Volta a Catalunha em 2014 e mais um 4º posto na Volta a Espanha e neste ano que passou, volta aos triunfos no Pais Basco, com duas etapas e a classificação geral, duas etapas na Volta a França e chega à Volta a Espanha para tentar mais uma vitória. Ficou outra vez arredado. Mais uma vez líder da prova, chegou ao contra-relógio e perdeu tempo que foi irremediável para as suas pretensões de conquista da prova espanhola. É um dos principais atletas favoritos ao triunfo na prova de fundo dos Jogos Olímpicos a ser realizados no Rio de Janeiro neste seu ano de despedida da carreira de ciclista.