Quintana, Nairo

Nairo Quintana é um ciclista colombiano, vencedor de uma Volta a Itália e duas vezes segundo classificado na Volta a França.

Biografia de Nairo Quintana

Nairo Quintana é um dos mais talentosos ciclistas da Colômbia e um dos mais capacitados do ciclismo internacional. Trata-se de uma das novas figuras que já tem vitórias de gabarito como a conquista da Volta a Itália, mas ainda vai ter muitos anos para estar na lide do mundo velocipédico.

Começou cedo no profissionalismo, já que chega aos 18 anos a este nível através da equipa Boyaca es para vivirla, patrocínio da região onde vive Quintana. Corre no final da época na Europa e, inclusive, vem a Portugal, ao Troféu Joaquim Agostinho. Um sétimo posto na Subida a Urkiola é o melhor resultado do ciclista colombiano.

Em 2010 e 2011, passa para a equipa nacional da Café de Colômbia e mostra o seu potencial para a alta montanha e as provas por etapas, o que o levou para a Movistar, uma equipa do escalão máximo do ciclismo internacional. Em 2010, domina o Tour de Avenir, uma das melhores provas para ciclistas sub-23. Vence duas etapas de montanha e a classificação geral. E no ano seguinte, só não repete vitória porque estava marcado pelas outras equipas e a Colômbia acabou por jogar com outras cartas e conseguiu vencer na mesma a prova, mas com outro ciclista.

Eusebio Unzué acolheu o talento colombiano para a sua equipa, Movistar, em 2012 para ainda se manter nesta estrutura até aos dias de hoje. Logo no primeiro ano, consegue resultados de topo. E tudo isto com 22 anos. Vence uma etapa e a classificação geral da Volta a Múrcia e na Route du Sud, termina em segundo na Volta a Madrid, mais uma etapa no Criterium Dauphine e uma conquista numa clássica italiana, o Giro dell´Emilia. Um fenómeno. E no ano seguinte, confirma essas credenciais com resultados de maior notoriedade. Vitória na classificação geral da Volta ao Pais Basco, com vitória de etapa incluída e um 4º posto na geral da Volta a Catalunha, com mais uma etapa. Participou em mais três provas no início de época e terminou sempre nos 15 primeiros da classificação final. Passa dificuldades nas clássicas e na sua primeira participação na Volta a França termina como 2º classificado com vitória numa etapa de montanha e a classificação da juventude e da montanha garantida. E uma demonstração de força e qualidade para os demais adversários ter em conta. No final de temporada, ainda vence a Volta a Burgos com mais uma etapa conquistada e vai à Volta a Grã-Bretanha e acaba nos 15 primeiros.

A demonstração na Volta a França fez crer aos directores desportivos que o ciclista era capaz de conquistar a geral de uma prova de três semanas e como existia muita concorrência no Tour, convenceram o colombiano a correr o Giro para chegar à vitória final. Chega à prova italiana em grande forma, pois conquista o Tour San Luis, termina em segundo o Tirreno-Adriático e a Volta a Catalunha finaliza no quinto posto. Na prova italiana, consegue a primeira e, para já, única vitória na classificação geral de uma grande volta. Passa algumas dificuldades na primeira semana de prova, mas fruto da sua capacidade de recuperação do esforço, vence duas etapas na semana final e levar a melhor sobre o compatriota Rigoberto Uran e o italiano Fabio Aru. Tem novo triunfo na classificação geral da Volta a Burgos e vai a Volta a Espanha para tentar a dobradinha no mesmo ano. E era plausível que assim fosse, até porque a equipa venceu o contra-relógio por equipas inicial e no final da primeira etapa de montanha já era líder. Contudo, tem uma queda no contra-relógio individual e além de perder a liderança fica sem condições de a conseguir disputar e acaba por desistir.

No ano passado, vira as agulhas novamente para o Tour e tem uma preparação um pouco diferente. Como esta edição da Volta a França tinha etapas com paralelo e o ciclista colombiano não estando tão habituado a correr provas deste tipo, fez duas clássicas belgas deste género para que se pudesse habituar, isto depois de ter vencido a Tirreno-Adriático. Depois de um 8º lugar na Volta a Romândia, regressa a Colômbia para os treinos em altitude e regressa a Europa em vésperas da Volta a França. Fica atrás de Contador na Route du Sud e na Volta a França volta a não defraudar, apesar de não chegar à vitória. Mais um 2º posto e a vitória na classificação da Juventude. Vai a mais uma edição da Volta a Espanha para ajudar Valverde a conquistar a prova e nesse intuito, acaba por ficar no 4º posto, melhor que o ciclista espanhol conseguiu. Em 2016, já subiu ao pódio na Argentina, no Tour San Luis e é provável que o consiga em mais provas.

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