Biografia de Eddy Merckx
O ciclista belga Eddy Merckx é considerado pela generalidade, o melhor ciclista de todos os tempos, pelo número e qualidade das vitórias. Venceu nas três grandes voltas, em clássicas tão diferentes como a Volta a Flandres, Paris-Roubaix e Liege-Bastogne-Liege. Um portento de força e de qualidade intrínseca que o fez dominar uma geração. Vejamos um pouco do palmarés do ex-ciclista, que actualmente com uma empresa de bicicletas. Cinco vezes campeão da Volta a França e vencedor da Volta a Itália, conquistou todos os monumentos e ainda foi campeão do mundo. Um sem número de vitórias. Ganhou a alcunha de “Canibal” por isso mesmo, por não deixar mais ninguém vencer.
Nascido a 17 de Junho de 1945, Eddy Merckx começou novo nas andanças do ciclismo e com 16 anos de idade, obtém a primeira vitória na carreira. Depois de várias vitórias nos escalões jovens e de muitas vitórias, torna-se profissional a partir de 1965, com 19 anos e ano após ano, consegue inúmeras vitórias, feitos, batendo recordes que até aos dias de hoje são cada vez mais difíceis de alcançar.
Volta a França
Em 1969, vence a classificação geral com 6 vitórias de etapa e, ainda, a classificação da montanha e dos pontos e no ano seguinte faz quase o mesmo. Depois de ganhar a Volta a Itália, conquista a Volta a França com 8 vitórias de etapa, juntando a classificação da montanha. Mais um triunfo na geral da Volta a França em 1971, 4 conquistas de etapa e, ainda, a classificação dos pontos. Mais do mesmo no ano seguinte. Seis vitórias de etapa, classificação dos pontos e geral individual. Em 1974, regressa à Volta a França em grande com oito etapas e a conquista da classificação geral, isto num ano em que faz mais uma dobradinha. Em 1975, acaba em 2º, apenas atrás de Bernard Thevenet, mas ainda levou dois triunfos de etapa para casa.
Restantes Grandes Voltas
A primeira etapa que vence numa grande volta é no Giro em 1967. Conquista duas etapas de montanha. No ano seguinte, exerce um domínio avassalador. Três etapas ganhas, conquistando a classificação geral individual, a dos pontos e a da montanha. Na edição de 1969 da Volta a Itália, torna-se vencedor de quatro etapas sem chegar à vitória na geral, isto porque teve um controlo anti-doping positivo. Em 1970, sagra-se, novamente, campeão da Volta a Itália, juntando mais três vitórias ao seu cômputo de triunfos. Em 1972, regressa aos triunfos na Volta a Itália, levando a camisola rosa no final com três triunfos parciais, incluídos. Em 1973, destaca-se, pela primeira vez, na Volta a Espanha, onde foi rei e senhor. Venceu a classificação geral, a dos pontos e do combinado e seis etapas ganhas. Nesse ano, ainda vai à Volta a Itália, onde faz a dobradinha, vencendo, também, a classificação geral e dos pontos, tal como na Vuelta, e vence cinco etapas. A classificação geral e duas conquistas parciais foram os feitos do ciclista belga na Volta a Itália de 1974.
Monumentos
Com 20 anos, vence a primeira grande corrida, a Milão-São Remo, repetindo vitória no ano seguinte. Em 1968, trata de vencer outra clássica, a Paris-Roubaix. No ano de 1969, tem uma temporada de clássicas fortíssima, destacando as vitórias na Milão-São Remo, a Volta a Flandres e a Liege-Bastogne-Liege. No ano seguinte, regressa às vitórias no Paris-Roubaix. A 4ª vitória na Milão-São Remo chegou em 1971, ano em que repetiu título de campeão na Liege-Bastogne-Liege e se estreia a vencer no Giro da Lombardia. E não satisfeito, repetiu as vitórias nas mesmas provas. Em 1973, ganha na estrada o Giro de Lombardia, contudo essa vitória é-lhe retirada devido a novo controlo anti-doping positivo como já tinha acontecido numa anterior edição do Giro. Depois de dois anos de seca relativamente aos Monumentos, volta a vencer estas clássicas em 1975, com triunfos na Milão-São Remo, Volta a Flandres e Liege-Bastogne-Liege. Num ano mais curto de vitórias para o belga, ainda assim, vence, novamente, a Milão-São Remo de 1976, o último monumento a ser conquistado pelo belga e a 7ª conquista da prova italiana.
Outras Conquistas
Torna-se campeão mundial em 1967 pela primeira vez, aos 22 anos, revalidando os títulos em 1971 e 1974. Em 1972, na cidade do México, bate o recorde da hora. Também apresenta vitórias em campeonatos europeus de pista, em clássicas como a Amstel Gold Race e Fleche Wallone, nos campeonatos nacionais e em outras provas por etapas. Durante sete anos, venceu o prémio Pernod, uma classificação que se gerava ao longo do ano e que definia qual era o melhor ciclista ao longo do ano.