Froome, Chris

Perfil desportivo de Chris Froome. Aborda o palmarés do britânico, as raízes no Quénia, as dificuldades de afirmação e os problemas com Wiggins.

Biografia de Chris Froome

O britânico Chris Froome, nascido na capital do Quénia, Nairobi, é considerado um dos ciclistas mais capacitados da atualidade embora tenha chegado um pouco tarde ao ciclismo profissional e ainda demorou a mostrar o potencial que muitos lhe viam associado. Começou por correr algumas provas na África do Sul, tendo chegado à Academia da União Ciclista Internacional para ganhar maior competitividade noutras corridas na Europa em 2007, primeiro ano de profissional. Antes disso, nos campeonatos do mundo em 2006, ainda como sub-23, com a seleção do Quénia e mostra-se por motivos menos bons. Na prova de contra-relógio, logo a seguir a ter saído do ponto de partida, vai contra um dos comissários de corrida que estava a controlar as autorizações dos carros de apoio e os tempos de saída dos ciclistas.

Tinha qualidade e a Barloworld abriu-lhe as portas às competições na Europa em 2008. Mostrava bons resultados nos contra-relógios e conseguia passar bem a montanha, pelo que o director da equipa lhe deu um calendário onde pudesse ganhar experiência nas corridas de topo mundial e ter alguns bons resultados em corridas de menor dimensão. Correu em Portugal, onde despontou para as provas por etapas pela primeira vez, terminando em 6º da geral, depois de um 5º lugar na etapa de contra-relógio. Igual posto teve na mesma especialidade numa etapa da Volta as Astúrias. E no primeiro ano consegue ir à Volta a França, mostrando bons resultados no esforço individual e em algumas etapas de montanha. Faz 3º lugar no Giro dell´Apennino antes de terminar a época com um 4º posto no Jayco Herald Sun Tour, prova que se corre na Austrália. Começa o ano de 2009 em boa forma com boas prestações na Volta do Mediterrâneo e ganha uma das clássicas do Giro de Capo, na África do Sul. No regresso à Europa, corre uma série de provas italianas para se ambientar para o Giro de Itália, onde tem boas prestações mas sem deslumbrar. Ainda assim, as suas qualidades e o facto de ser um ciclista com nacionalidade inglesa fizeram com que fosse parar a uma equipa fortíssima que tinha sido criada por terras de Sua Majestade, a Sky Procycling.

À parte de um 9º lugar no Tour Haut Var, o britânico passava um pouco lado das corridas, não se sentindo acarinhado e com a motivação necessária e não conseguia encontrar um bom momento de forma. Foi ao Giro mas acabou por abandonar a prova. Mais para o final da época, conseguiu alguns bons resultados. Foi vice-campeão de contra-relógio nos nacionais e 5º na mesma especialidade nos Jogos da Commonwealth. Teve um início de 2011 discreto, apenas com duas classificações nos 15 primeiros na Volta a Castela e Leão e na Volta a Romândia e a Sky não iria renovar o contrato com o ciclista até chegarmos à Volta a Espanha, a prova que lhe iria mudar o espectro e a atenção que tinham com ele. Ia com a missão de ajudar Bradley Wiggins a vencer a prova espanhola mas no primeiro contra-relógio da prova, chegou à liderança da mesma, confirmando que poderia estar mais forte do que o chefe de fila. Viria a perder a liderança mais tarde, mas deu luta vencendo uma das etapas e conseguiu que a Sky lhe renovasse o contrato e teve os primeiros arrufos dentro da equipa com Bradley Wiggins, o que mais tarde viria novamente a acontecer. Acaba o ano na China, com um 3º posto na classificação geral na Volta a Pequim. Em 2012, o objetivo era a Volta a França e voltaram as boas exibições, as demonstrações de capacidade e a polémica com o colega e chefe de fila, Wiggins. Terminou essa Volta a França no 2º posto, mas mostrou que era o ciclista mais forte, ao vencer uma etapa e na alta montanha impunha um ritmo tão forte que ninguém o conseguia acompanhar e chegou a atacar na corrida, indo contra as directrizes impostas pela equipa. Acatou as ordens e terminou em segundo com a sensação que só não foi primeiro porque não o deixaram. Nos Jogos Olímpicos corridos em Londres, termina em 3º na prova de contra-relógio. Corre, pelo segundo ano seguido, a Volta a Espanha mas desta vez fica às portas do pódio, na 4ª posição.

Em 2013, Chris Froome chega a primeira vitória na Volta a França. Aliás, todas as provas por etapas que o ciclista correu foram ganhas (Volta a Omã, Criterium Internacional, Volta a Romândia, Criterium Dauphine), à excepção da Tirreno-Adriático onde terminou em 2º, depois de ter sido líder. Na Volta a França, ao fim da primeira semana já era líder da prova para nunca mais largar. Venceu três etapas e exerceu um domínio que não se conseguiu colocar a vitória final em causa. Em 2013, repete vitórias na classificação geral em Omã e Romândia mas não tem sorte na Volta a França, pois acaba por ter algumas quedas que o impossibilitaram de continuar em prova. Vai à Volta a Espanha para se redimir e acaba por ficar na 2ª posição. No ano passado, voltou às vitórias na Volta a França. Começa a época a vencer a Volta a Andaluzia e em preparação para a Volta a França, conquista o Criterium Dauphine. Na Volta a França, chega à liderança muito cedo, vence a primeira etapa de alta montanha, onde mostrou que não havia concorrência para no final da prova ficar aos apuros, mas sem perder a liderança parcial e a conquista final da prova. Corre, novamente, a Volta a Espanha mas acaba por não partir na 12ª etapa, indo para casa mais cedo. Começou este ano de 2016 na Austrália e venceu a Herald Sun Tour.

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