Biografia de Fabian Cancellara
O suíço Fabian Cancellara é um dos ciclistas mais experientes e com mais títulos no mundo do ciclismo internacional. Trata-se de um ciclista de topo nos contra-relógios e em clássicas de um dia e, por isso, os seus maiores triunfos foram em provas desse tipo. Quatro vezes campeão mundial e uma vez nos Jogos Olímpicos na vertente de contra-relógio e vencedor de clássicas como a Volta a Flandres e o Paris-Roubaix.
Começou por ser profissional na equipa da Mapei em 2001, depois de no ano anterior ter sido estagiário. A Mapei era a equipa de maior capacidade na então época ciclista e tinha uma grande capacidade de prospecção de talentos. Por isso mesmo, viram em Cancellara, um ciclista capaz de fazer grandes conquistas, sobretudo, quando rodava sozinho. Prova disso, é que o ciclista suíço conseguiu terminar no 10º posto no Circuito Franco-Belga, depois de ter feito um 5º lugar no contra-relógio dessa prova por etapas. Tudo isto com 19 anos. Em 2002, tem o primeiro triunfo e a primeira camisola amarela enquanto profissional. Vence o prólogo na Volta a Áustria e anda de camisola de liderança durante 4 dias, tendo conseguido terminar a prova, ainda, nos 15 primeiros.
Em 2003, muda-se para a Fassa Bortolo e dá mais um passo em frente na sua evolução. Três vitórias em contra-relógios de diferentes provas mostram que o ciclista tem mais para mostrar no ano seguinte. E confirma-se. Vence uma etapa na Volta a França e veste a camisola amarela na sua primeira participação, depois de levantar os braços como vencedor por três ocasiões. Em 2005, Fabian Cancellara teve um ano mais discreto mas, ainda assim, com três triunfos.
No ano de estreia na CSC Pro Team (2006), consegue os primeiros resultados que o viriam a destacar face a todos os outros. Ganha o Paris-Roubaix e o contra-relógio dos Mundiais pela primeira vez. E juntemos mais quatro conquistas, uma delas numa geral duma prova por etapas, a Volta a Dinamarca. Tem uma época de clássicas no ano de 2007 em que não correspondeu às expectativas mas vence os dois contra-relógios na Volta a Suiça e duas etapas na Volta a França, além de ser líder nesta prova durante uma semana. Finaliza a época, repetindo a conquista nos Mundiais de contra-relógio. Em 2008, volta a ter várias conquistas mas dentro dos mesmos registos. Mas sempre em provas de elevada dificuldade, como a clássica Milão-São Remo e a especialidade da luta contra o cronómetro nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Novo ano, mesma equipa com novo patrocinador. E um Cancellara mais direccionado para os contra-relógios e as provas por etapas. Vence os contra-relógios da Volta a Suiça e com isso, consagra-se vencedor da classificação geral. Na Volta a França, repete a fórmula de outros anos. Vitória no prólogo e seis dias de camisola amarela envergada. Cada vez com mais prestigio e com mais responsabilidade. Igual situação acontece na Volta a Espanha, já que ganhou os dois contra-relógios na prova espanhola para preparar da melhor forma uma nova vitória nos Mundiais no final da época, o que se viria a confirmar. 2010 seria o último ano na equipa da CSC e tem uma época de sonho e que viria a mudar o paradigma e ambição que o ciclista punha nas corridas. Vence as clássicas E3 Prijs Harelbeke, Volta a Flandres e Paris Roubaix. Todas elas de dificuldade elevada e, sobretudo, com todos os especialistas presentes. Mais uma vez na Volta a França, duas conquistas e mais dias de amarelo. Uma temporada com muitos dias de competição, mas no final de época consegue ser campeão mundial de contra-relógio pela última vez.
Em 2011, Cancellara é uma das principais figuras de uma nova equipa, a Leopard Trek, e isso traduz cariz de liderança na equipa e responsabilidades acrescidas. Tem 6 vitórias e uma boa temporada de clássicas, com vários pódios em corridas importantes. A Radio Shack viria a ser a equipa para 2012, da qual ainda se mantém nos dias de hoje, ainda que com outro nome. Começa bem a temporada em Itália, com duas conquistas e nas Clássicas acaba por ter azar pois teve uma queda que o impossibilitou de lutar pelas principais. É novamente campeão nacional de contra-relógio e na Volta a França ganha mais uma vez o prólogo e enverga o símbolo de liderança durante sete dias.
2013 como 2010. Cancellara vence novamente Harelbeke, Flandres e Roubaix, depois de já ter feito pódio em São Remo. Na segunda metade da época, muda um pouco o calendário e conquista novo triunfo nos nacionais e num contra-relógio da Volta a Áustria e Volta a Espanha para chegar com menos carga de competição aos Mundiais. Conseguiria novo pódio, mas sem a vitória desejada. Em 2014, a Trek passa a ser patrocinador principal, em detrimento da Radio Shack e Cancellara mantém-se como um dos esteios da equipa. Triunfa na Volta a Flandres e mais pódios em São Remo e Roubaix. Até final da temporada conseguiria ser o vencedor do campeonato nacional. No ano passado, o ciclista suíço teve uma temporada aquém do que seria de esperar. Dois triunfos em provas por etapas e ainda chegou à liderança da Volta a França mas pouco mais para um ciclista da qualidade do natural da Suiça.
Este ano, já está a ter um inicio de época muito forte, esta que poderá ser a sua última temporada. Veio à Volta ao Algarve, vencer o contra-relógio da prova, depois de já ter conquistado o Troféu Serra de Tramuntana. É um dos principais atletas a ter em conta para esta época de clássicas, já que venceu uma das mais difíceis, a Strade Bianche.