Silva, Rui (Atleta)

Rui Silva foi o melhor atleta masculino português no meio fundo dos últimos anos. Sagrou-se campeão europeu, mundial e foi medalhado olímpico.

Biografia de Rui Silva

Rui Silva foi o melhor atleta masculino português no meio fundo dos últimos anos. Sagrou-se campeão europeu, mundial e foi medalhado olímpico.

Nasceu a 3 de Agosto de 1977, na cidade ribatejana de Santarém. Iniciou-se desportivamente no futebol, mas aos 15 anos passava a apostar no atletismo. Fica no Estrela Ouriquense, onde se sagra campeão juvenil de corta-mato em 1994. Rui Silva consegue dois resultados internacionais interessantes e reveladores da qualidade do atleta. 6º lugar nos campeonatos europeus disputados na Hungria,  em 1995, e um 8º posto nos campeonatos mundiais de Sidney, em 1996 na competição dos 1500 metros. Em território nacional, Rui Silva dominava, tornando-se, novamente, campeão nacional de corta-mato, agora na categoria de juniores, tanto no ano de 95 como de 96. No final do ano de 1996, transfere-se para o Sporting Clube de Portugal e Bernardo Manuel fica como seu mentor, treinando o atleta, sobretudo, para os 1500 metros. No ano de 1998, surge a explosão do atleta nas competições internacionais. Rui Silva consegue a primeira de muitas medalhas a nível internacional como sénior. Corre os 1500 metros dos Europeus de Pista Coberta da edição de Valência e sagra-se campeão europeu da distância. Mais tarde, nos Europeus ao ar livre realizados em Budapeste, fica com a medalha de prata na mesma competição e finaliza a temporada, na Taça do Mundo, ficando com o 2º posto nos 1500 metros. No ano de 1999, termina na 5ª posição nos Mundiais de pista coberta, no Japão, fixando um novo recorde nacional na distância. Rui Silva sagra-se campeão europeu nos sub-23 e vai aos Mundiais ao ar livre, disputados no país vizinho, na cidade de Sevilha. Uma queda nas qualificações para a final deitou por terra, qualquer aspiração de medalha que o atleta pudesse ter. Mais tarde, viria a redenção. Mais uma edição dos Europeus de pista coberta em 2000, mais uma medalha para Rui Silva. Ao contrário de outras edições, Rui Silva participou nos 3000 metros e conseguiu a medalha de prata, contudo foi uma prova que se revelou complicada, sobretudo, pelas eliminatórias, já que o português se apurou para a final com um dos piores tempos. Rui Silva foi fundamental para o Sporting Clube de Portugal vencer a Taça dos Clubes Campeões Europeus, ao vencer as provas em que participou, no caso, os 1500 e os 3000 metros. Na primeira participação em Jogos Olímpicos, esperava-se uma medalha mas foi eliminado nas qualificações, isto porque o português foi afectado por uma virose alguns dias antes.

Em 2001, Lisboa acolheu os mundiais de pista coberta e Rui Silva sagrou-se campeão mundial frente a dois atletas de topo. Aliás, para demonstrar a qualidade de Rui Silva no meio fundo, o atleta era quem detinha todos os recordes nacionais entre os 800 e os 3000 metros em pista coberta. Nos mundiais ao ar livre realizados no Canadá, fica aquém, terminando no 7º lugar dos 1500 metros, limitado porque ainda recuperava de doença. No ano seguinte, começava a época, novamente, com o Ouro, triunfando nos 1500 metros nos Europeus de pista coberta. Nos Europeus ao ar livre, em Munique, conquista a medalha de bronze. No ano de véspera dos Jogos de Atenas, Rui Silva termina os 1500 metros no 5º posto nos Mundiais de Paris, não passando das qualificações nos campeonatos do mundo em pista coberta. Mas em 2004, Rui Silva estaria em melhor forma e com melhores resultados. Participou nos 3000 metros, em detrimento dos 1500 metros habituais nos mundiais de pista coberta e torna-se vice-campeão europeu da distância. Nos Jogos Olímpicos, consegue a medalha de bronze nos 1500 metros. Numa prova táctica por parte do português, fez uma volta fenomenal ao ultrapassar vários atletas nos metros finais, conseguindo o último lugar do pódio. No ano de 2005, voltava às medalhas de bronze, no caso, nos mundiais ao ar livre, conquistada na cidade de Helsinquia.

Afectado por várias lesões de forma recorrente, Rui Silva falhou várias competições internacionais importantes de pista, entre as quais, os Jogos Olímpicos de 2008. Ainda assim, nos campeonatos europeus de crosse, consegue a medalha de bronze individual em 2007 e a de prata, a nível colectivo. Entretanto, Rui Silva muda de treinador e passa a ficar às ordens de João Campos. E em 2009, volta às conquistas e às medalhas, sendo mais uma vez, campeão europeu em pista coberta, na cidade italiana de Turim, nos 1500 metros. Prova que corria nos mundiais de Berlim, mas sem sucesso, sendo eliminado nas qualificações. No ano de 2010 não se apresenta em grandes eventos internacionais de pista, correndo novamente no corta-mato onde conseguiu, novamente, a medalha de prata colectiva. No ano seguinte, vai aos Mundiais e participa em provas de maior distância, estando convocado para os 5000 e os 10000 metros. Nos 5000 metros, Rui Silva finaliza as eliminatórias com um dos piores tempos e nos 10000 metros, acaba no 11º lugar. Em 2012, Rui Silva não participava nos Jogos Olímpicos, sendo afectado por nova lesão. Desde então, o atleta participa em mais provas de estrada e em corta-mato, estreando-se na Maratona em 2013 e terminando no 9º lugar na Maratona de Berlim, tendo já este ano conquistado os nacionais de estrada neste ano de 2016. A 6 de Outubro de 1998 foi feito Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique, sendo depois condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique em Julho de 2015.

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