Biografia de Ben Johnson
Ben Johnson foi um ex-atleta do Canadá que se destacou nas provas de velocidade, sobretudo, nos 100 metros e, também pelos casos de doping que protagonizou durante os anos 80 e 90.
No final do ano de 1961, Ben Johnson nasceu na Jamaica mudando-se com a sua família para a região do Ontario, no Canadá, em 1968. Foi nessa região que acabou por conhecer o treinador de velocidade, Charlie Francis, que liderou a disciplina do Canadá durante alguns anos. O primeiro grande resultado de Johnson foi nos Jogos da Commonwealth, em Brisbane, no ano de 1982. Trouxe duas medalhas de prata para casa. Foi nos 100 metros individuais e colectivos. No ano seguinte, realizaram-se os Mundiais de Helsínquia que foram um fracasso para o atleta canadiano, já que nem passou para a final. Mas, em 1984, surgiriam os Jogos Olímpicos de Los Angeles e Ben Johnson é um dos eleitos para correr as provas de velocidade. Na final, consegue a medalha de bronze nos 100 metros depois de uma falsa partida, numa competição ganha por Carl Lewis. Na estafeta colectiva dos 4 por 100 metros, ajuda a selecção canadiana a levar mais uma medalha de bronze para casa.
Em 1985, conquistou a medalha de Ouro na Taça do Mundo e bateu Carl Lewis pela primeira vez depois de várias derrotas em disputa directa dos 100 metros. Isto depois de já ter batido, entretanto, o recorde do Canadá. No ano seguinte, voltaria a repetir a proeza e Ben Johnson deixa Carl Lewis no segundo posto nos Goodwill Games, conquistando a medalha de Ouro nos 100 metros e na estafeta colectiva nos Jogos da Commonwealth, realizados em Edimburgo, onde, também, ficou com a medalha de bronze nos 200 metros. Chegados aos campeonatos mundiais disputados em Roma, Ben Johnson afigurava-se como o maior candidato à conquista da medalha de Ouro nos 100 metros. E confirmou essa tendência. Venceu a prova, ficando à frente de Carl Lewis e marcando um novo recorde mundial na distância. Carl Lewis alegou que o canadiano, tal como outros atletas, tinha usado substâncias dopantes para alcançar a vitória nesta prova, acusação que o canadiano recusou. A tensão entre os dois subia de tom à medida que se avançava para a edição dos Jogos Olímpicos de Seul, no ano seguinte. Até porque Carl Lewis bateu Ben Johnson no Meeting de Zurique, meses antes da disputa das Olimpíadas. Chegado a Seul, Ben Johnson vence a prova dos 100 metros, batendo Carl Lewis, novamente, tal como em Roma no ano anterior. O estado de graça não durou muito tempo. Três dias depois, o comité anti-doping anunciou que as análises do atleta mostravam a presença de substâncias dopantes e por isso, ficou sem a medalha de Ouro dos 100 metros. Ele e o seu treinador reafirmaram a utilização dessas substâncias durante os anos que antecederam a prova e, também, retiraram-lhes a vitória nos Mundiais de Roma. Ambos afirmaram que faziam parte de um leque alargado de atletas que utilizavam doping na altura e mais tarde, num inquérito promovido pelo governo do Canadá, Ben Johnson assumiu que se dopava desde 1981. O atleta foi suspenso durante dois anos e regressou à competição em 1991. Ainda conseguiu ir aos Jogos Olímpicos de Barcelona, mas ficou-se pelas meias-finais dos 100 metros. Em 1993, Johnson deu positivo em mais um controlo anti-doping e foi banido definitivamente pela Federação internacional de Atletismo. Foram detectados alguns erros nessa aplicação da medida definitiva e o atleta recorreu da decisão podendo correr no Canadá, mas sozinho, porque ninguém queria correr com ele. Ainda fez algumas provas dessa forma, mas foi novamente, apanhado nas malhas do doping no final do ano de 1999. Chegou a ser treinador pessoal de Diego Maradona e do filho do ditador Mohammad Khaddafi.