Theatrum Orbis Terrarum é uma obra cartográfica considerada como o primeiro verdadeiro Atlas moderno.
Foi elaborado por Abraham Ortelius, que fora fortemente influenciado por Gerardo Mercator e encorajado por Gillis Hooftman, e foi editado pela primeira vez a 20 de Maio de 1570, na Antuérpia (actual Bélgica). Desde a sua primeira impressão, o Atlas foi revisto e ampliado regularmente em edições posteriores e impresso em outros formatos.
Inicialmente contava com 70 mapas que não eram da autoria de Ortelius mas de outros cartógrafos e 87 referências bibliográficas. Era uma colecção de folhas de mapas uniformes, isto é, com o mesmo tamanho e estilo, e sempre acompanhadas de um texto descritivo com comentários pertinentes. O Atlas era organizado por continentes, regiões e estados. O Atlas foi crescendo e contou com 31 edições, passando a ter 167 mapas e 183 referências em 1612. Foi impresso em sete idiomas diferentes.
Todas as edições respeitaram a mesma estrutura. Começavam sempre com uma página de título de carácter alegórico, em que figuravam os cinco continentes conhecidos, representados por mulheres também elas alegóricas e com a Europa como Rainha. Surge uma menção a Filipe II, Rei de Espanha e os Países Baixos, assim como um poema de Adolphus Mekerchus. A partir de 1579, as edições passaram a ter presentes um retrato de Abraham Ortelius elaborado por Philip Galle e uma introdução de Ortelius. Nas edições latinas após a introdução ainda surgia uma recomendação de Gerardo Mercator.
Além disso, foram ainda publicados em 1573, cinco suplementos que Abraham Ortelius intitulou de “Additamenta”.