Rosaceae (Rosáceas)

Esta família é constituída por árvores, arbustos, trepadeiras ou herbáceas. A família das Rosáceas é subdividida em 4 subfamílias: Spiroideae, Maloideae (ou Pomoideae), Rosoideae e Prunoideae.

 

Rosaceae (Rosáceas)
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
Plantae Angiosperma Magnoliopsida Rosales Rosaceae ≈ 100 ≈ 3000

 

Distribuição geográfica

A família das Rosáceas tem distribuição cosmopolita, ou seja, existe em todos os continentes exceto nos pólos (zonas de geleiras permanentes). Contudo, ocorre com maior diversidade nas zonas temperadas do hemisfério Norte.

As espécies herbáceas crescem em florestas temperadas, salinas, pântanos de água doce, tundra ártica, campos antigos e na berma das estradas. As espécies lenhosas são pioneiras e são proeminentes nos primeiros estágios de sucessão florestal.

Taxonomia

É uma família grande (19ª maior família de plantas) com cerca de 100 géneros e 3000 espécies em todo o mundo.

A família das Rosáceas é subdividida em 4 subfamílias (baseadas no tipo de fruto que produzem): Spiroideae, Maloideae (ou Pomoideae), Rosoideae e Prunoideae.

A subfamília Rosoideae é constituída por cerca de 40 géneros e 850 espécies. É formada por frutos agregados constituídos por pequenos aquénios, drupas e também uma parte carnosa derivada do recetáculo que sustenta os carpelos. Nesta subfamília poderemos encontrar espécies do género Potentilha, Rosa, Fragaria (ex. morango), Rubus (ex. framboesa), etc.

No caso da subfamília Maloideae (ou Pomoideae), possui cerca de 28 géneros e 1100 espécies. É constituída por frutos do tipo drupa e pomo. Estão incluídos os géneros Malus (ex. maçã), Cydonia, Mespilus (ex. nêspera), Pyrus (ex. pêra), Eriobotrya, etc.

A subfamília onde se inclui o género Spiraea (espécies ornamentais), Spiroideae, apresenta folículos polispermos ou frutos coletivos.

Por último, a subfamília Prunoideae engloba os frutos de caroço e é constituída principalmente por espécies do género Prunus (ex. pêssegos)

Em Portugal continental, a família Rosaceae é representada por mais de 70 espécies.

Morfologia

Esta família é constituída por árvores, arbustos, trepadeiras ou herbáceas.

As suas folhas podem ser simples ou compostas, alternas, com estipulas (sem estipulas em Spiraea) persistentes ou caducas, peninérveas ou palminérveas.

Flores normalmente vistosas, actinomórficas (radialmente simétricas); normalmente hermafroditas, mas podem ser unissexuais; presença frequentemente de hipanto (estrutura em forma de “copo”), soldado ou não ao ovário, onde se inserem pétalas, sépalas e estames. O perianto é constituído pelo cálice que geralmente tem cinco sépalas livres e pela corola que apresenta cinco pétalas livres, de diversas cores. O androceu é constituído por numerosos estames. O gineceu é composto por apenas um carpelo a numerosos carpelos livres ou unidos, dependendo do género.

Os frutos são muito variados, e podem ser tanto secos como carnudos. O tipo de fruto permite diferenciar esta família em subfamílias, como referido anteriormente.  Os frutos podem ser folículos, aquénios, drupas, polidrupas ou pomos.

Polinização

As flores das Rosáceas normalmente são polinizadas por insetos (polinização entomófila) devido a serem bastante grandes, coloridas, perfumadas e produzirem pólen e néctar. Espécies como Prunus serótina (cerejeira-negra) atraem grande número de abelhas pelo néctar que produzem. Os seus frutos são muito procurados pelos pássaros, que também contribuem para a dispersão das espécies.

Importância económica

A família das Rosáceas inclui muitas espécies conhecidas de elevada importância económica, particularmente as de interesse alimentar, mas também as ornamentais e as usadas na produção da madeira.

Com interesse alimentar temos o exemplo da Malus domestica (macieira), Prunus persica (pessegueiro), Eryobotria japonica (nespereira) e Fragaria x ananassa (morangueiro), etc., com interesse ornamental os géneros Cotoneaster (cotoneasteres), Pyracantha (piracantas), Rosa (roseiras), Spiraea (grinalda-de-noiva) e na produção de madeira, Prunus avium (cerejeira-brava).

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References:

  • Universidad Politecnica de Valencia (n.d.) Rosáceas. Acedido em 25 de Janeiro de 2016 em: http://www.euita.upv.es/varios/biologia/temas%20angiospermas/R%C3%B3sidas/Ros%C3%A1ceas/Ros%C3%A1ceas.htm
  • Sytsma, K. (2015). Rosaceae. Acedido em 25 de Janeiro de 2016 em: http://www.britannica.com/plant/Rosaceae
  • K.M. Folta, S.E. Gardiner (2009), Genetics and Genomics of Rosaceae, Plant Genetics and Genomics: Crops and Models 6, DOI 10.1007/978-0-387-77491-6 1, Springer Science+Business Media, LLC
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